Agência de notícias
Publicado em 24 de junho de 2024 às 10h22.
Última atualização em 24 de junho de 2024 às 10h25.
Os britânicos comparecerão às urnas em 4 de julho, com os trabalhistas como grandes favoritos após 14 anos de governos conservadores.
Confira a lista dos principais candidatos das eleições legislativas, nas quais o atual primeiro-ministro, Rishi Sunak, vê seu poder ameaçado pelo líder trabalhista Keir Starmer.
O primeiro-ministro Rishi Sunak, 44 anos, tentará ser eleito pela primeira vez por voto popular: ele chegou ao cargo em outubro de 2022 por designação dos deputados conservadores.
Sunak é o sucessor da efêmera Liz Truss, que foi forçada a renunciar depois de passar apenas 49 dias em Downing Street, devido à crise provocada por uma proposta de orçamento que espalhou pânico nos mercados financeiros.
Ex-ministro da Economia, filho de imigrantes indianos, é o primeiro chefe de Governo com raízes asiáticas no Reino Unido e o mais jovem dos últimos 200 anos.
O empresário conseguiu restaurar a estabilidade após o caos dos anos de Boris Johnson e conseguiu reduzir a inflação.Mas não cumpriu várias promessas, como enviar imigrantes sem documentos para Ruanda ou reduzir as listas de espera do serviço público de saúde NHS.
As pesquisas atribuem a Sunak o menor índice de popularidade da história dos primeiros-ministros britânicos.
O trabalhista Keir Starmer, um renomado ex-advogado especializado em direitos humanos que também foi diretor do Ministério Público de Inglaterra e de Gales, é o grande favorito para se tornar o próximo primeiro-ministro britânico, segundo as pesquisas.
Desde sua designação como líder do Partido Trabalhista em 2020, Starmer, 61 anos, tenta conduzir a legenda para uma posição política de centro, após os anos voltados para a esquerda sob o comando de Jeremy Corbyn.
Os seus colaboradores mais próximos o consideram um líder pragmático, capaz de obter a recuperação de um país em declínio econômico.
Os críticos questionam suas mudanças de rumo, a falta de carisma e afirmam que não possui uma visão clara do futuro do país.
Nascido em Londres, seu nome, incomum, é uma homenagem ao primeiro presidente do Partido Trabalhista, Keir Hardie (1856-1915).
Torcedor do Arsenal, ele foi nomeado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II pelos serviços prestados na justiça criminal.
O eurocético Nigel Farage afirmou em um primeiro momento que não disputaria as eleições, mas mudou de ideia e, no início de junho, anunciou a candidatura por seu partido de extrema-direita, Reform UK.
Farage, 60 anos, é uma das personalidades políticas mais polêmicas no país. Ele foi eurodeputado, mas nunca conseguiu ser eleito para o Parlamento de Westminster.
O ex-presidente americano Donald Trump o chamou de "Mr. Brexit", por seu protagonismo no referendo de 2016 que decidiu a saída do Reino Unido da União Europeia.
Várias pesquisas apontam que tem até 15% das intenções de voto, o que deixa seu partido próximo - e até superando em algumas sondagens - do Partido Conservador, mas sem ameaçar a vitória dos trabalhistas.
O líder do Partido Liberal Democrata, Ed Davey, e o primeiro-ministro escocês John Swinney, dos independentistas do Partido Nacional Escocês (SNP), desejam aumentar o número de cadeiras de suas legendas no Parlamento.
Davey, 58 anos, espera conseguir mais assentos no sul de Inglaterra, o que pode permitir que seu partido centrista supere o SNP, que é a terceira maior bancada parlamentar atualmente.
Swinney, 60 anos, não concorre ao Parlamento britânico, mas tornou-se recentemente o primeiro-ministro da Escócia e pretende reforçar a presença do SNP no Palácio de Westminster.
O SNP possui atualmente 48 das 59 cadeiras das circunscrições escoceses, mas as pesquisas indicam que os trabalhistas podem conquistar vários assentos.
Carla Denyer, 38 anos, uma das líderes ecologistas do Partido Verde, espera reforçar seu movimento no Parlamento, onde conta atualmente com uma cadeira.