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Cruz Vermelha adverte para desastre humanitário em Mali

A organização humanitária redobrou seus esforços para tentar levar alimentos, assistência médica e água potável aos refugiados


	Tropas do exército do Mali: a CIVC organização lembrou que estes são os primeiros combates no centro do Mali desde abril do ano passado.
 (Issouf Sanogo/AFP Photo)

Tropas do exército do Mali: a CIVC organização lembrou que estes são os primeiros combates no centro do Mali desde abril do ano passado. (Issouf Sanogo/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 06h55.

Genebra - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) advertiu nesta sexta-feira para a ameaça de um desastre humanitário em Mali após os recentes combates no centro do país entre o Exército e grupos armados salafistas procedentes do norte da nação africana, região que controlam desde meados de 2012.

"Se aproxima um desastre no centro do país. Os combates ameaçam dificultar ainda mais as condições de vida de uma população já extremamente colocada à prova", declarou o CICV.

A organização lembrou que estes são os primeiros combates no centro do Mali desde abril do ano passado, que obrigaram muitas famílias a deixar suas casas nas localidades de Konna, Amba e Boré em direção a Mopti e Sévaré, situadas mais ao sul do país.

"Muitas pessoas vem chegando em Mopti e Sévaré," declarou Jean-Nicolas Marti, chefe da delegação do CICV no Níger e em Mali por meio de um comunicado divulgado em Genebra.

"Este fluxo poderia piorar as já desalentadoras condições de vida, tanto dos refugiados como dos residentes", alertou Marti. O funcionário da Cruz Vermelha lembrou que os refugiados encontraram abrigo em famílias "que estão compartilhando seus poucos recursos, incluída comida".

A organização humanitária redobrou seus esforços para tentar levar alimentos, assistência médica e água potável aos refugiados.

"Lembramos a todas as partes em conflito a necessidade de respeitar a lei humanitária internacional", afirmou Marti, em referência à obrigação dos combatentes de proteger civis, feridos e prisioneiros de guerra. 

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