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CPI pede indiciamento de Arruda e Roriz por desvio de R$ 4,2 bilhões

Relatório final acusa os ex-governadores de propina e desvio de dinheiro público

Ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi afastado do cargo no ano passado (Veja/CRISTIANO MARIZ)

Ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, foi afastado do cargo no ano passado (Veja/CRISTIANO MARIZ)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Codeplan, da Câmara Legislativa do Distrito Federal, aprovou hoje (25) relatório final, que pede o indiciamento de 22 pessoas por esquema de corrupção no governo distrital, entre elas o ex-governadores José Roberto Arruda (sem partido) e Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo do Distrito Federal nas próximas eleições.

De acordo com o relator, deputado Paulo Tadeu (PT), o esquema de pagamento de propina e desvio de dinheiro público teve início na gestão de Joaquim Roriz e continuou no governo de seu sucessor, José Roberto Arruda. Segundo o relatório, o esquema de corrupção movimentou R$ 4,2 bilhões, de 2000 a 2010, por meio de contratos com empresas prestadoras de serviço ao governo distrital. "As práticas administrativas nefastas de um e de outro eram exatamente as mesmas", diz o relatório.

Em relação ao relatório final da CPI, o assessor de campanha de Roriz, Paulo Fona, informou que o candidato considera a decisão dos deputados inválida e uma ação política de adversários com o intuito de prejudicá-lo às vésperas da eleição. "É uma ação política e eleitoral para produzir manchete de jornal", afirmou Forna.

O relatório foi aprovado pelos deputados distritais Paulo Tadeu, Aguinaldo de Jesus (PRB), Raimundo Ribeiro (PSDB) e Cristiano Araújo (PTB).

Deflagrada em novembro de 2009, a Operação Caixa de Pandora investigou esquema de pagamento de propina (com dinheiro público) a deputados distritais em troca de apoio ao governo de Arruda. O caso ganhou repercussão nacional e culminou na perda de mandato de Arruda e na prisão temporária dele e mais quatro pessoas, todas soltas atualmente.

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