Trump-Kim: o presidente americano afirmou que a cúpula poderia acontecer em janeiro ou fevereiro (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de janeiro de 2019 às 09h56.
Última atualização em 7 de janeiro de 2019 às 09h57.
Seul - A cidade de Hanói surge como possível local para sediar a segunda cúpula entre os líderes dos Estados Unidos e a Coreia do Norte, informou nesta segunda-feira um jornal sul-coreano que afirma que funcionários dos dois países se reuniram nesta localidade durante o final de semana.
O jornal "Munhwa" afirma em um artigo que, segundo fontes diplomáticas consultadas em Seul e Washington, representantes das Relações Exteriores americanos e norte-americanos se reuniram em 6 de janeiro na capital do Vietña para começar a acordar datas.
Em 6 de janeiro, o próprio presidente americano, Donald Trump, garantiu que já está negociando um lugar para a cúpula e que será anunciado "provavelmente em um futuro não muito distante".
Trump já disse em dezembro que a cúpula poderia acontecer em janeiro ou fevereiro.
A cidade vietnamita figurava há meses entre as cidades apontadas como candidatas para sediar uma segunda cúpula entre o presidente dos Estados Unidos e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Muitos consideram Hanói o lugar ideal ao se tratar da capital de um país comunista que após ter estado em guerra com os EUA (da mesma forma como acontece tecnicamente a Coreia do Norte na atualidade) normalizou relações e experimentou um grande desenvolvimento após ativar um processo de abertura econômica.
Esse é precisamente o modelo de desenvolvimento que Washington quer para Coreia do Norte, para a qual ofereceu apoio econômico em troca da desnuclearização do país desde que Trump e Kim se reuniram pela primeira vez em Singapura em junho.
Por sua vez, o Vietnã é um dos poucos países com os quais a Coreia do Norte mantém laços diplomáticos sólidos.
Desde a histórica cúpula de Singapura, na qual ambas as partes acordaram trabalhar para a desnuclearização do regime norte-coreano em troca de Washington garantir a sobrevivência do mesmo, o diálogo quase não mostrou avanços.
Devido à falta de um roteiro para o processo de desarmamento, Washington e Pyongyang vêm colocando condições prévias antes de dar passos significativos.
Os Estados Unidos exigem da Coreia do Norte gestos de verdadeiro calado para a desnuclearização, enquanto o regime asiático pede por sua vez que antes retirem as sanções e que seja firmado um tratado de paz que garanta sua segurança.