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Blinken sugere 'aproveitar' morte de líder do Hamas para avançar em trégua em Gaza

Secretário de Estado dos EUA está no Oriente Médio para visita diplomática a líderes da região

O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, recebe o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Doha, em 24 de outubro de 2024 (Nathan Howard/AFP)

O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, recebe o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Doha, em 24 de outubro de 2024 (Nathan Howard/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de outubro de 2024 às 11h34.

Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 12h52.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu nesta quinta-feira em Doha que “se aproveite o momento” após a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, e anunciou que os negociadores se reunirão nos próximos dias para abordar uma trégua na Faixa de Gaza e libertar os reféns.

Quem é Yahya Sinwar, líder 'linha-dura' do Hamas que foi morto por Israel em ataque em Gaza

Da mesma forma, declarou que durante as conversas realizadas durante sua 11ª viagem ao Oriente Médio, após a eclosão da guerra na Faixa, há mais de um ano, também abordou o desenvolvimento de "um plano para o que vem a seguir, para que Israel possa retirar-se de Gaza e para que o Hamas não possa se reconstituir”.

Além disso, destacou que durante sua viagem discutiu com diferentes autoridades "ideias concretas" sobre "segurança, governança e reconstrução de Gaza", pontos em que Washington tem insistido desde pouco depois do início da guerra no enclave palestino, em 7 de outubro de 2023.

“Este é um momento para cada país decidir que papel está disposto a desempenhar e que contribuições poderá dar para fazer com que Gaza passe da guerra para a paz”, acrescentou o chefe da diplomacia americana, que afirmou que “este é um momento crucial para esta questão porque Israel alcançou os objetivos estratégicos que havia fixado".

Entre eles, ressaltou que o Estado judeu “garantiu” que o ataque do Hamas de 7 de outubro não volte a ocorrer depois de ter “desmantelado de maneira efetiva a organização militar” do movimento palestino.

“Conseguiu fazê-lo e executou os seus líderes, aqueles que perpetraram os horrores de 7 de outubro (…) E agora que isso foi alcançado, este é o momento de trabalhar para acabar com esta guerra, para garantir que todos os reféns voltem para casa e para construir um futuro melhor para o povo de Gaza", completou o diplomata americano.

EUA aliado a Israel

Blinken também falou sobre sua relação com Israel no contexto do confronto com o Irã, afirmando que os EUA estão “em estreita coordenação com Israel sobre o que é necessário para dissuadir o Irã”, após o lançamento de dezenas de mísseis balísticos contra o Estado judeu no início do mês.

“Os Estados Unidos apoiam o direito de Israel se defender e estamos em estreita coordenação com Israel sobre o que é necessário para dissuadir o Irã de novas agressões e garantir que qualquer resposta não seja a de um ciclo interminável de escalada”, disse Blinken ainda na coletiva de imprensa, ao lado de seu homólogo do Catar, Mohammed bin Abderrahman.

O chefe da diplomacia americana garantiu que seu país está “preocupado com a possibilidade de ocorrer um conflito mais amplo”, especialmente desde o lançamento deste ataque direto contra Israel, o segundo do Irã no último ano.

O Irã realizou este ataque em resposta à invasão israelense do Líbano e ao assassinato de seus aliados, incluindo o líder do gabinete político do Hamas, Ismail Haniye, em Teerã, e o secretário-geral do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute.

Embora a República Islâmica tenha deixado claro que não quer uma guerra, Israel afirmou que retaliará o lançamento de mísseis balísticos, o que por sua vez fez com que o Irã respondesse que voltaria a atacar duramente o Estado judeu.

“Também continuamos trabalhando com nossos parceiros na região para deixar bem claro ao Irã que novos ataques contra Israel terão consequências profundamente negativas para os interesses do Irã”, acrescentou Blinken, que afirmou que Washington está “muito atento” ao risco de expansão do conflito.

 

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