Mundo

Biden se reúne na Polônia com os líderes do flanco oriental da Otan

O encontro ocorre um dia depois de um virulento discurso do presidente russo, Vladimir Putin, que prometeu cumprir "sistematicamente" os objetivos da ofensiva lançada há quase um ano na Ucrânia

Reunião de Biden: o evento agendado no palácio presidencial de Varsóvia reunirá os dirigentes da Bulgária, Eslováquia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca e Romênia (AFP/AFP Photo)

Reunião de Biden: o evento agendado no palácio presidencial de Varsóvia reunirá os dirigentes da Bulgária, Eslováquia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca e Romênia (AFP/AFP Photo)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 12h16.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reúne-se nesta quarta-feira (22) em Varsóvia com nove dirigentes de países da Otan da Europa Central e do Leste para reafirmar o apoio “inabalável” de Washington à Rússia, a dois dias do primeiro aniversário da guerra na Ucrânia.

Biden "se reunirá com os líderes dos Bucareste Nove (B9), um grupo de aliados da Otan em nosso flanco oriental, na presença do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, para reafirmar o apoio inabalável dos Estados Unidos à segurança da Aliança", disse um comunicado da Casa Branca.

O evento agendado no palácio presidencial de Varsóvia reunirá os dirigentes da Bulgária, Eslováquia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca e Romênia, ex-membros da União Soviética ou do Pacto de Varsóvia e agora integrados no aliança transatlântica.

O encontro ocorre um dia depois de um virulento discurso do presidente russo, Vladimir Putin, que prometeu cumprir "sistematicamente" os objetivos da ofensiva lançada há quase um ano na Ucrânia e anunciou a suspensão da participação da Rússia no tratado Novo START com os Estados Unidos sobre armas nucleares.

Putin acusou os países ocidentais de usar o conflito na Ucrânia para "acabar" com a Rússia e atribuiu a estes "a responsabilidade de alimentar o conflito ucraniano e suas vítimas".

Horas depois, Biden respondeu em um discurso em Varsóvia que "o Ocidente não está conspirando para atacar a Rússia, como Putin disse hoje".

"Milhões de cidadãos russos que querem apenas viver em paz com seus vizinhos não são o inimigo", acrescentou.

Em seu discurso, um dia depois de uma visita surpresa a Kiev, na qual prometeu a seu aliado em guerra ainda mais armas, Biden disse que o apoio dos EUA à Ucrânia "nunca vacilará".

"A Ucrânia nunca será uma vitória para a Rússia, nunca", disse Biden.

"Nosso apoio à Ucrânia nunca vacilará, a Otan não se dividirá e não nos cansaremos", acrescentou o presidente americano, que retornará a Washington na noite de quarta-feira.

Paralelamente ao encontro de Varsóvia, o chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, deve se reunir nesta quarta-feira, em Moscou, com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.

Ele também pode se encontrar com Putin durante esta visita, de acordo com a agência de notícias Tass.

O governo dos Estados Unidos acusou esta semana a China de considerar enviar armas à Rússia para apoiar sua ofensiva na Ucrânia, mas o país asiático negou a intenção.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Joe BidenLíderesOtan

Mais de Mundo

Apoiadores de Evo Morales ocupam quartel e mantêm 20 militares como reféns na Bolívia

Cristina Kirchner presidirá principal partido de oposição a Milei

Itamaraty diz que tom da Venezuela é 'ofensivo' e traz 'ataques pessoais'

Emei Kung Fu Girls: Grupo chinês ganha o mundo com artes marciais e cultura