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Atirador deixa 2 feridos em frente a mesquita na França

O atirador disparou contra duas pessoas e jogou uma bomba contra a mesquita em Bayonne, na França

França: as autoridades ainda não determinaram a motivação do ataque (OceanProd/Getty Images)

França: as autoridades ainda não determinaram a motivação do ataque (OceanProd/Getty Images)

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EFE

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 13h26.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 16h46.

Paris - Um atirador deixou duas pessoas feridas nesta segunda-feira ao abrir fogo em frente a uma mesquita em Bayonne, cidade localizada no sudoeste da França, de acordo com a polícia local.

Detido depois do crime, o suspeito de ser autor dos disparos foi identificado como Claude Sinké, de 84 anos. Ele fugiu de carro depois de atirar nas duas vítimas, mas foi preso posteriormente em casa, na cidade de Saint-Martin-de-Seignaux, que fica a menos de 12 quilômetros de Bayonne.

As forças de segurança realizaram uma megaoperação para prendê-lo. Até o esquadrão antibomba foi acionado porque o homem, um ex-funcionado da companhia ferroviária SNCF, possuía várias armas, granadas e muito material explosivo.

Sinké foi em 2015 candidato nas eleições departamentais pela então Frente Nacional, o partido de extrema direita agora rebatizado como Reunião Nacional que é comandado por Marine Le Pen, derrotada no último pleito presidencial por Emmanuel Macron.

As autoridades locais informaram que os feridos têm 74 e 78 anos. Fontes do governo municipal disseram à Agência Efe que os dois foram internados em estado grave.

De acordo com as primeiras informações sobre o crime, o suspeito tentava incendiar a porta do centro religioso quando foi surpreendido pelas duas vítimas e disparou.

Depois do crime, Le Pen foi ao Twitter para se desvincular da ação do ex-candidato da Reunião Nacional. A líder da extrema direita francesa disse que o atentado é um "ato inqualificável absolutamente contrário a todos os valores do nosso movimento".

"Esses crimes devem ser tratados com a total severidade", completou Le Pen.

O deputado Sébastian Chenu, também da Reunião Nacional, disse em entrevista à emissora "France Info" que, embora Sinké tivesse feito parte do partido, isso teria ocorrido há muito tempo. Além disso, o parlamentar afirmou que o suspeito não "compartilhava das ideias" da legenda.

O incidente ocorre em um momento no qual a França abriu um debate sobre a necessidade de regular a exibição pública de símbolos religiosos, especialmente o véu islâmico.

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