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Explosões foram reação a massacre na Nova Zelândia, diz governo

De acordo com investigação, o grupo National Thowheeth Jama'ath (NTJ) está por trás dos ataques; Estado Islâmico reivindica ataque

Sri Lanka: mais de 500 pessoas foram feridas no ataque no Domingo de Páscoa (Stringer/Reuters)

Sri Lanka: mais de 500 pessoas foram feridas no ataque no Domingo de Páscoa (Stringer/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de abril de 2019 às 07h41.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 10h25.

Os primeiros elementos da investigação sobre o ataque que matou 321 pessoas e deixou 521 feridas no Sri Lanka no domingo mostram que as explosões foram uma represália ao recente massacre conduzido contra duas mesquitas da Nova Zelândia, afirmou o ministro cingalês da Defesa.

"As investigações preliminares revelaram que o que aconteceu no Sri Lanka foi uma represália pelo ataque contra os muçulmanos de Christchurch", declarou no Parlamento Ruwan Wijewardene, em referência ao ataque que deixou 50 mortos no dia 15 de março em duas mesquitas da grande cidade do sul da Nova Zelândia.

Wijewardene disse que as investigações revelam que o grupo National Thowheeth Jama'ath (NTJ) está por trás dos ataques que tem vínculos com o relativamente desconhecido movimento islamita radical na Índia, o JMI (Jamaat-ul-Mujahideen India).

As autoridades têm poucas informações sobre o JMI, exceto alguns dados revelados ano passado e que está ligado a um grupo de nome similar em Bangladesh.

O ministro acrescentou que o país está recebendo apoio internacional na investigação, mas não revelou detalhes.

Estado Islâmico pode estar por trás de ataque

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria da série de explosões suicidas cometidas no Sri Lanka contra igrejas e hotéis de luxo e que causaram a morte de mais de 300 pessoas no Domingo de Páscoa.

"Os responsáveis pelo ataque, que teve como alvo os cidadãos dos países da coalizão e cristãos, são combatentes do Estado Islâmico", disse em comunicado uma fonte de segurança à agência "Amaq", que é vinculada aos jihadistas. A autenticidade sessa informação, contudo, não pôde ser verificada. Autoridades não se manifestaram.

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