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Atentado a bomba deixa 11 mortos na Somália

Vice-ministro do país é um dos que morreram no ataque

Ataque na Somália: atentado é reivindicado por grupo ligado à Al-Qaeda (Feisal Omar/Reuters)

Ataque na Somália: atentado é reivindicado por grupo ligado à Al-Qaeda (Feisal Omar/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de março de 2019 às 13h19.

Ao menos 11 pessoas, incluindo um vice-ministro do governo da Somália, morreram neste sábado, 23, em um ataque de insurgentes contra edifícios administrativos de Mogadíscio, a capital do país. O ataque foi reivindicado pelo grupo islamita Shebab, vinculado à Al-Qaeda, que lidera uma insurreição armada no país.

A nova operação demonstra a capacidade dos jihadistas de atingir a capital somali, apesar do apoio que o governo recebe de forças estrangeiras há vários anos. O atentado começou com duas explosões perto dos ministérios de Obras Públicas e do Trabalho, localizados em uma grande avenida da cidade. Depois, quatro homens armados invadiram os edifícios. O senador Ilyas Ali Hasan informou que o vice-ministro Saqar Ibrahim Abdalla é uma das vítimas fatais do ataque.

Todos os criminosos morreram na operação policial para acabar com a operação. Os ataques combinados, explosões seguidas por tiros, se tornaram uma especialidade dos shebab.

O grupo surgiu no centro e sul da Somália e em 2010 anunciou fidelidade à Al-Qaeda. Analistas calculam que tem entre 5.000 e 9.000 homens. No ano seguinte a seu juramento de lealdade foram expulsos de Mogadíscio por uma força de 22.000 soldados da União Africana. Apesar das derrotas em seus redutos, os shebab mantêm presença nas zonas rurais e retomas do país, onde executam uma guerra de guerrilhas.

As forças aéreas americanas executam ataques frequentes contra os insurgentes. Nos últimos dois anos mataram mais de 800 pessoas. A ONG Anistia Internacional denuncia que pelo menos 14 civis foram vítimas destes ataques.

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