Mercado imobiliário

Capitais do Nordeste lideram valorização residencial em agosto; veja ranking

Índice FipeZAP de agosto teve avanço de 0,76%; levantamento analisa 56 cidades

Empreendimento da Moura Dubeux em Salvador (BA): capital baiana tem sido destaque de alta de preços (Moura Dubeux/Divulgação)

Empreendimento da Moura Dubeux em Salvador (BA): capital baiana tem sido destaque de alta de preços (Moura Dubeux/Divulgação)

share
Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 14h56.

Última atualização em 15 de outubro de 2024 às 18h12.

As capitais nordestinas foram o grande destaque do Índice FipeZAP de agosto, que acompanha a variação dos preços de venda de imóveis residenciais em 56 cidades selecionadas (veja metodologia abaixo). 

A maior alta do período ficou, mais uma vez, com Salvador, capital da Bahia. Em julho, a variação mensal de Salvador foi de 2,44%. Antes, a maior variação mensal havia ocorrido em junho de 2012 (2,11%). 

“Agosto é o quarto mês de aumento consecutivo da variação do preço de venda da capital baiana, o que destoa do padrão observado nos últimos anos. Ainda assim, é cedo para se pensar em tendência”, avalia Paula Reis, economista do DataZAP.

Para além da capital baiana, a região tem se valorizado como um todo, com João Pessoa (PB), São Luís (MA), Fortaleza (CE) e Aracaju (SE) entre as maiores altas de preços em julho. Todas as capitais analisadas na região apresentaram crescimento, com exceção de Maceió, que apresentou baixa de 0,22% no período. 

Veja o ranking das capitais:

  • Salvador/BA (+2,07%);
  • João Pessoa/PB (+1,82%);
  • São Luís/MA (+1,73%); 
  • Fortaleza/CE (+1,64%);
  • Aracaju/SE (+1,43%); 
  • Goiânia/GO (+1,25%); 
  • Belo Horizonte/MG (+1,14%); 
  • Porto Alegre/RS (+1,13%); 
  • Curitiba/PR (+1,08%);
  • Natal/RN (+0,87%); 
  • Florianópolis/SC (+0,87%);
  • Cuiabá/MT (+0,83%); 
  • Belém/PA (+0,74%); 
  • São Paulo/SP (+0,62%); 
  • Rio de Janeiro/RJ (+0,46%);
  • Teresina/PI (+0,30%);
  • Campo Grande/MS (+0,29%) 
  • Brasília/DF (+0,28%); 
  • Recife/PE (+0,25%); 
  • Vitória/ES (+0,25%)
  • Manaus/AM (-0,12%); 
  • Maceió/AL (-0,22%).

Índice FipeZAP em agosto

Os preços de venda dos imóveis residenciais no Brasil subiram 0,76% em agosto com base no Índice FipeZAP. O indicador ficou no mesmo patamar no mês anterior, quando foi registrada a maior variação mensal do índice em 10 anos. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,87%.

Desde janeiro, o Índice FipeZAP tem mostrado uma aceleração mais acentuada, no embalo do que tem sido um ano favorável para o mercado imobiliário. 

Entretanto, as perspectivas para os próximos meses são mais incertas. O Comitê de Política Monetária (Copom) encerrou o ciclo de quedas da Selic em junho e já considera a possibilidade de um novo aumento de juros na reunião de setembro. 

Além disso, o governo anunciou no último mês que vai limitar a 50% a cota de financiamento de imóveis usados na faixa 3 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) nas regiões Sul e Sudeste – o programa tem sido o grande responsável pelo boom do mercado este ano. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, essa cota será reduzida para 70%.

Metodologia do Índice FipeZAP 

O Índice FipeZAP é um índice de preço que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais – foi o primeiro indicador nacional lançado para este acompanhamento. 

O índice é calculado pela Fipe com base em informações de anúncios de imóveis para venda e locação dos portais ZAP e VivaReal

No caso dos índices do segmento residencial, o cálculo envolve amostras de anúncios de apartamentos prontos em 56 cidades selecionadas. Já no caso dos índices do segmento comercial, os anúncios utilizados se referem a salas e conjuntos comerciais de até 200 m², sediados em 10 cidades selecionadas.

Acompanhe tudo sobre:indice-fipezapImóveisOLX

Mais de Mercado imobiliário

As 10 cidades mais ricas do estado de São Paulo, de acordo com o PIB

Dois a cada três brasileiros deixam de negociar imóveis pelo preço, diz Datafolha

Mercado ainda vai piorar antes de melhorar, diz analista de FIIs do Santander

Fechado há seis anos, parque aquático dará lugar a condomínio com 700 casas, heliponto e mais