Edemir Pinto, presidente-executivo da BM&FBovespa, não compreendeu a mudança na taxa do IOF (Luciana Cavalcanti/VOCÊ S.A.)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2011 às 20h36.
São Paulo - O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, voltou a relativizar hoje a concorrência que a companhia poderá vir a sofrer com a criação de uma nova bolsa de valores no Brasil. Ele negou que a redução de algumas tarifas cobradas pela BM&FBovespa faça parte de um conjunto de medidas para a empresa se fortalecer diante de um novo concorrente.
"Procure, inclusive, no site da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), antiga Ancor: a redução da taxação começou em setembro de 2010. No ano passado, já tínhamos dado 25% (de redução) e a meta era 50%, sendo que 25% era para o começo deste ano", disse Edemir.
A possível criação de uma nova bolsa no Brasil foi anunciada em fevereiro, quando a Bats Global Markets, operadora global de bolsas de valores, assinou memorando de entendimentos com a gestora de recursos Claritas para explorar oportunidades no mercado brasileiro. Portanto, segundo o presidente da BM&FBovespa, a redução das taxas não tem nada a ver com o anúncio de criação de uma nova bolsa no País, pois já estava prevista.
Ontem, a BM&FBovespa anunciou a redução de uma série de serviços cobrados das corretoras. A queda nas tarifas será válida a partir do faturamento relativo ao mês de abril, de acordo com ofício circular encaminhado pela bolsa. A maior redução ocorrerá nos custos de conexão da rede de comunicação da BM&FBovespa, que cairão 50%.
O valor cobrado por excesso de ofertas registradas e não fechadas no sistema Mega Bolsa será reduzido em 33%. Já as faixas de ofertas registradas por minuto e a as taxas cobradas mensalmente por módulo no Sinacor - sistema que auxilia na execução dos processos administrativos das instituições participantes dos mercados de Bolsa - terão o preço reduzido em 25%, em média, segundo a BM&FBovespa.