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Minoritários da Portugal Telecom processam executivos

Acionistas pedem no Tribunal Cível de Lisboa o ressarcimento dos valores perdidos na Bolsa após o calote tomado pela PT em julho


	Empresa de telecomunicações Portugal Telecom
 (Bloomberg)

Empresa de telecomunicações Portugal Telecom (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2014 às 20h39.

Rio - Acionistas minoritários da Portugal Telecom (PT) ajuizaram nesta segunda-feira, 18, ação popular contra a atual equipe de gestão da tele.

Por uma falha no sistema do estado, a ação ainda não foi oficialmente aceita, problema que deve ser solucionado nesta quarta-feira, 20, segundo o presidente da Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais (ATM), Octávio Viana

Os acionistas pedem no Tribunal Cível de Lisboa o ressarcimento dos valores perdidos na Bolsa após o calote tomado pela PT em julho.

As perdas são estimadas, atualmente, em mais de 4 milhões de euros, mas o número definitivo só será determinado à época da sentença.

Viana diz que a decisão do tribunal poderá ser estendida a todos os acionistas que tenham sido afetados pelo investimento de 897 milhões de euros feito pela PT na Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo (GES).

A aplicação venceu no mês passado e não foi paga pela Rioforte, que entrou com pedido de proteção contra credores.

O calote resultou em uma revisão dos termos da fusão entre a tele portuguesa e a Oi, que será votada pelos acionistas da PT em assembleia geral no dia 08 de setembro. A ATM irá votar contra a proposta do conselho de administração.

A ação tem como réus membros da comissão executiva e do conselho de administração."Inicialmente, chamaremos como testemunha Zeinal Bava (atualmente presidente da Oi).

Vamos aguardar auditorias que estão sendo feitas pela PT e pela CMVM (órgão regulador do mercado de capitais português) para apurar as responsabilidades e dependendo do resultado, Bava poderá ser incluído na ação", afirmou.

A associação também avalia processar outros ex-presidentes, como Miguel Horta e Costa e Francisco Luís Murteira Nabo.

Viana cita que há informações de que em 2005 já havia exposição da PT ao Grupo Espírito Santo (GES) no valor de 1,25 bilhão de euros. Bava era à época diretor financeiro do grupo. De 2008 a 2013, foi presidente executivo da PT.

A associação irá ainda encaminhar uma cópia da petição inicial da ação para o Ministério Público de Portugal. A gestão da empresa é de responsabilidade da comissão executiva, que tem os membros escolhidos pelo conselho de administração.

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