Marisa: Ação chegou a ser negociada a R$ 1,05 nesta quarta (Marisa/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 15h27.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2023 às 15h39.
As ações da Marisa (AMAR3) caem mais de 5% nesta quarta-feira, 8, chegando a ser negociada em sua mínima histórica de R$ 1,05. A forte desvalorização ocorre após a empresa ter anunciado o pedido de renúncia do presidente da empresa Adalberto Pereira Santos e do membro de seu Conselho de Administração Marcelo Adriano Casarin.
O Conselho informou já ter inciado os processos de seleção de um novo presidente e membro do conselho. Enquanto isso, Alberto Kohn de Penhas, atual vice-presidente comercial, irá comandar a empresa como presidente interino.
Alberto Kohn de Penhas, que assumirá a presidência da Marisa interinamente, é acusado pela CVM de insider trading, segundo O Globo.
O Conselho informou já ter inciado os processos de seleção de um novo presidente e membro do conselho. Enquanto isso, Alberto Kohn de Penhas, atual vice-presidente comercial, irá comandar a empresa como presidente interino.
Segundo a Marisa, um novo conselheiro deverá ocupar a cadeira de Marcelo Casarin até a próxima Assembleia Geral Ordinária, prevista para 27 de abril.
A renúncia do CEO e de um dos membros do conselho coincidiu com a contratação da BR Partners para assessorar a Marisa no processo de renegociação de dívidas e da Galeazzi Advogados para auxiliá-la no aperfeiçoamento de sua estrutura de custos. A dívida líquida da companhia no terceiro trimestre era de R$ 566,1 milhões e bruta de R$ 788 milhões.
No trimestre, a Marisa deu prejuízo líquido de R$ 97,5 milhões e Ebtida ajustado pró-forma negativo de R$ 34,2 milhões.
Em declínio desde 2013, o valor de mercado da Marisa encerrou o último pregão a R$ 387,4 milhões -- um dos mais baixos entre as empresas listadas do setor.
As ações da Marisa acumulam 64,5% de queda no período de um ano e estão cotadas atualmente a R$ 1,13. Desde o início da pandemia, em 2020, as ações acumulam perdas de mais de 90%.
Pouco coberta pelas maiores casas de análises e bancos de investimentos do país, a empresa tem apenas 4 recomendações colhidas pela plataforma Refinitiv. Nenhuma delas é de compra, sendo que uma das recomendações é para ficar vendido no papel. Ou seja, apostar que a ação vai cair ainda mais.