Operadores na Bovespa: às 10:06, o Ibovespa caía 0,76 por cento, a 50.860 pontos (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2016 às 11h14.
O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta quinta-feira, diante de um cenário externo mais fraco e um quadro político ainda nebuloso no Brasil, mas caminha para fechar o mês com melhor desempenho em mais de 15 anos.
Às 10:35, o Ibovespa caía 1,04%, a 50.713,47 pontos. O volume financeiro era de 514,3 milhões de reais.
No caso de o Ibovespa encerrar a sessão nesses níveis, terá acumulado ganho ao redor de 18% em março, maior alta desde dezembro de 1999, quanto contabilizou elevação de 24%.
Parte da corrida ocorreu diante dos acontecimentos políticos que reforçaram apostas de mudança de governo e na condução da política econômica do país.
Nesse contexto, o JPMorgan elevou para "overweight" a recomendação para as ações brasileiras em seu portfólio de América Latina e para "neutra" na carteira de mercados emergentes globais.
No front doméstico, o foco segue voltado para a pauta política, em particular desdobramentos ligados ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, além de movimentações na base aliada após o desembarque do PMDB do governo federal.
Ainda no radar está votação no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre grampos telefônicos de conversas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma no âmbito da operação Lava Jato.
No exterior, as bolsas de valores em Wall Street oscilavam perto da estabilidade, enquanto os pregões europeus recuavam pressionados por ações de telecomunicações e bancos. As commodities também não mostravam uma direção definida.
Destaques
ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO recuavam 1,8% cada, respondendo pela maior pressão negativa no Ibovespa, em meio a movimentos de realização de lucros, conforme os papéis acumulam em março ganhos de mais de 25 e 30%, respectivamente.
PETROBRAS tinhas as preferenciais alta de 0,12%, em sessão volátil na esteira da intefinição do petróleo e ainda influenciada pela cena política.
Os papéis acumulam em março mais de 60% de alta. Ainda no radar estava reestruturação na gestão da empresa.
VALE mostrava as preferenciais em queda de 1,6%, tendo como pano de fundo estabilidade dos preços do minério de ferro na China
SUZANO PAPEL E CELULOSE caía 2,9%, novamente entre as maiores quedas, alinhada ao declínio do dólar ante o real.
WEG recuava 1,5%, também na ponta negativa do Ibovespa, conforme o papel segue afetado por incertezas relacionadas à capacidade de geração de margem da companhia dada a fraqueza econômica no Brasil.
GERDAU subia 0,3%, entre as poucas altas da sessão, caminhando para fechar março com alta de mais de 90%.
Matéria atualizada às 11h13