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Ibovespa hoje: bolsa encerra sequência de ganhos pressionada por Petrobras

Índice acompanha mercado internacional, que avança após reforço da tese de que inflação já passou do pico

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de agosto de 2022 às 10h36.

Última atualização em 11 de agosto de 2022 às 17h41.

O Ibovespa virou para queda e encerrou esta quinta-feira, 11, em queda, pressionado pela queda das ações da Petrobras (PETR3/PETR4), que é a segunda empresa com maior participação na carteira teórica do índice. 

 Os papéis caíram após a companhia anunciar a redução no preço do diesel em R$ 0,22 – a 2ª em um mês. 

  • Petrobras (PETR4): - 2,32%
  • Petrobras (PETR3): - 1,89%

A queda reverteu o cenário positivo desenhado mais cedo, com o Ibovespa acompanhando o bom humor no mercado internacional após a divulgação de dados de inflação. 

Os investidores repercutiram o Índice de Preços ao Produtor americano (PPI, na sigla em inglês) de julho, que caiu de 11,3% para 9,8% no acumulado de 12 meses. O consenso era de queda para 10,4%.

O dado, que vai de encontro com a queda do Índice de Preço ao Consumidor (CPI) divulgado na véspera, alimenta as esperanças de que pior da inflação americana – e do ciclo de alta dos juros – já ficou para trás.

"A grande esperança é a de que a inflação comece a cair. O PPI foi um dado muito bom para o mercado, na sequência do CPI de ontem. Isso ajuda a colocar mais força no rali [de ações] que vimos ontem", disse Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em morning call. 

"Com o CPI de ontem e o PPI de hoje, o caminho está sacramentado para o Fed subir os juros em 0,50 ponto percentual em setembro."

Ao longo do pregão, no entanto, o movimento de alta perdeu força no exterior, influenciando também a virada da bolsa brasileira.

  • Dow Jones (Nova York): + 0,08%
  • S&P 500 (Nova York): - 0,07%
  • Nasdaq (Nova York): - 0,58%

Ações em destaque

No mercado local, a alta dos papéis da Vale (VALE3), que são as ações de maior peso na carteira teórica do índice, segurou a queda da bolsa. A mineradora avançou, junto com as siderúrgicas, acompanhando a alta do minério de ferro no mercado internacional.

O dia também foi positivo para o setor bancário, que representa quase 10% do Ibovespa. Os ganhos foram puxados pelas ações do Banco do Brasil (BBAS3) que saltaram mais de 4%. 

O BB, que foi o último entre os grandes bancos a apresentar resultado, teve lucro líquido de R$ 7,8 bilhões, 55% a mais do que no segundo trimestre de 2021.

O dia foi também de reação à série de balanços divulgados entre a noite de ontem e esta manhã – e expectativa pelos que vão vir.

As ações da Minerva (BEEF3) saltaram mais de 7%, após o lucro da empresa ter disparado 264% no segundo trimestre para R$ 424,7 milhões. A receita da companhia cresceu 34,7% na comparação anual para R$ 8,5 bilhões. 

A reação foi exatamente oposta à sobre as ações da BRF (BRFS3). A companhia dona das marcas Sadia e Perdigão desaba mais de 12%, após ter aumentado seu prejuízo líquido em 94,9% para R$ 468 milhões. 

Entre as maiores quedas, estiveram ainda as ações de MRV (MRVE3) e Petz (PETZ3), que também divulgaram balanço na última noite. O lucro líquido do grupo MRV caiu 18,3% no segundo trimestre, e atingiu R$ 58 milhões. Já a Petz registrou aumento no lucro, mas teve perdas na margem operacional.

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