Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 10h47.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2023 às 18h24.
O Ibovespa fechou em alta consistente nesta quarta-feira, 8, puxado pelas ações do Itaú, com a terceira maior participação do índice. O desempenho também foi impulsionado pela alta das commodities, com todos os setores subindo, como construção, consumo e financeiro. O dólar caiu 0,1%, para R$ 5,196.
As ações do banco Itaú tiveram alta de mais de 8%, com investidores repercuntindo positivamente seu resultado do quarto trimestre, divulgado na noite de ontem, 7.
No trimestre, o banco registrou R$ 7,66 bilhões de lucro líquido no período. O número representou uma alta anual de 7,1%, mas ficou abaixo das expectativas do mercado quer era de R$ 8,26 bilhões de lucro líquido.
"O balanço quarto trimestre veio bom. O lucro teve uma alta menor que a prevista pelo mercado, mas devido à provisão de perdas com a Americanas. O banco adiantou o efeito já para o quarto trimestre. Os bancos, não só o Itaú, tem surfado bem na alta de juros. A estimativa é de que o primeiro trimestre deste ano também seja positivo. O mercado de dívida tem seguido forte, o que auxilia bastante no lucro", disse Gabriel Meira especialista da Valor Investimentos.
Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, ressaltou ainda que a inadimplência do Itaú subiu menos que a do Santander. "No todo, consideramos que o resultado foi sólido. É provável que o Itaú continue performando melhor que os pares", disse em nota.
O resultado Itaú também ajuda a a puxar outras ações do setor. Os papéis do Bradesco, Banco do Brasil e BTG Pactual, que ainda não apresentaram seus respectivos balanços, são negociados em firme alta nesta manhã.
Com a contribuição do setor financeiro, bolsa brasileira opera na contramão das perdas de Nova York. Nesta quarta, os principais índices de Wall Street devolvem parte dos ganhos da véspera, quando o discurso mais brando do Federal Reserve impulsionou firmes altas.
Em discurso realizado na véspera, Jerome Powell, presidente do Fed, reiterou que o processo de desinflação já começou nos Estados Unidos -- a despeito da menor taxa de desemprego em 53 anos.