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China injeta US$ 15,46 bi no sistema financeiro, com Evergrande no radar

Nas últimas semanas, a China intensificou esforços de manter a liquidez do sistema bancário em meio a preocupações com a gigante do setor imobiliário Evergrande

Nesta quarta, a Fitch reduziu a nota de crédito da Evergrande de CC para C (Thomas Peter/Reuters)

Nesta quarta, a Fitch reduziu a nota de crédito da Evergrande de CC para C (Thomas Peter/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de setembro de 2021 às 07h53.

Última atualização em 29 de setembro de 2021 às 07h55.

O Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) injetou 100 bilhões de yuans (US$ 15,46 bilhões) em recursos no sistema financeiro chinês através de operações de recompra reversa de 14 dias nesta quarta-feira, 29, segundo comunicado divulgado no site do PBoC.

Nas últimas semanas, o PBoC intensificou esforços de manter a liquidez do sistema bancário em meio a preocupações com as dificuldades financeiras da gigante do setor imobiliário chinês Evergrande.

Nesta quarta, a Fitch reduziu a nota de crédito da Evergrande de CC para C, após uma subsidiária da empresa não honrar o pagamento de juros sobre bônus externos que venceram na semana passada.

Segundo a agência classificadora de risco, o corte reflete a probabilidade de que a Evergrande tenha deixado de pagar juros referentes a uma emissão de títulos de dívida denominada em dólares na semana passada. De acordo com a Fitch, não há informações de que a incorporadora tenha realizado o pagamento, o que deu partida a um período de 30 dias até que o calote seja declarado oficialmente.

A Fitch fez uma análise das possibilidades de recuperação de valores pelos credores da Evergrande em caso de falência da companhia. A empresa provavelmente seria liquidada, de acordo com os analistas, porque é uma companhia de negociação de ativos. Este cenário assume que tanto a Evergrande quanto a Hengda faliriam caso o calote fosse confirmado.

Dados os graus de dificuldade na venda dos principais ativos do grupo, a Fitch atribuiu uma nota de recuperação de 'RR6' para os títulos da Evergrande. Segundo definição da própria agência, emissores neste grau de avaliação têm características consistentes com uma recuperação de valores muito baixa, entre 0% e 10% do valor original dos títulos e dos juros a eles associados, em caso de calote.

A análise da Fitch não leva em consideração a venda de uma fatia das ações que a Evergrande detém no Shengjing Bank, anunciada na terça-feira passada, e com a qual a incorporadora pretende levantar US$ 1,55 bilhão em recursos.

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