Barris de petróleo: bolsa saudita teve hoje queda de 6,5%, para 5.458 pontos (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2016 às 08h26.
Dubai/Doha - As bolsas de valores dos países do Golfo desabaram neste domingo até 6% por causa da queda do preço do petróleo, em seu ponto mais baixo em 12 anos, e pela entrada em vigor do acordo nuclear com o Irã.
A bolsa saudita teve hoje queda de 6,5%, para 5.458 pontos. O mercado saudita perdeu cerca de US$ 32 bilhões na última semana.
Segundo os dados divulgados no site oficial da Bolsa de Valores do Catar (QSE), a queda no reino foi de 5,96%, e fechou este domingo em 9,185.12 pontos.
Os índices gerais das bolsas de Dubai e Abu Dhabi também desabaram na manhã deste domingo, primeiro dia da semana nos Emirados Árabes Unidos (EAU), -5,3% e -4,4%, respectivamente.
No caso de Dubai é a maior perda dos últimos cinco meses. Os retrocessos afetam principalmente os setores de finanças, investimento, imobiliário e construção.
A Dubai Emaar Properties, companhia promotora de quase 30% das propriedades desenvolvidas pelo governo, caiu 4,8%, e a Dubai Islamic Bank, -5,7%, sua maior perda desde agosto.
Analistas radicados em Emirados Árabes atribuem essas quedas das bolsas às maciças vendas realizadas pelos investidores na região, após o preço do petróleo cair para menos de US$ 30.
Os governos do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), integrado por Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Bahrein, Catar e Omã, países que reúnem 30% das reservas de petróleo do mundo, dependem da receita energética para manter seus orçamentos.
O Índice 200 GCC Bloomberg, que faz um acompanhamento das 200 maiores empresas do Golfo, caiu 4,7%, alcançando seu nível mais baixo desde março de 2011.
O preço do barril da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem como membros Kuwait, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, ficou na quinta-feira passada em US$ 25.
Além disso, o acordo assinado pelo Irã e as grandes potências, que entrou em vigor ontem, levanta as sanções à República Islâmica e a permite voltar a exportar seu petróleo a outros países, piorando a situação de um mercado saturado.