Bolsa: as ações da Vale estão entre as maiores altas do Ibovespa nesta terça (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de julho de 2019 às 10h21.
Última atualização em 16 de julho de 2019 às 12h12.
São Paulo - O Ibovespa buscava se sustentar no azul nesta terça-feira, com Vale entre os principais suportes, na esteira de nova máxima de preços dos contratos futuros do minério de ferro na China.
Às 11:42, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,51 %, a 104.330,93 pontos. O volume financeiro somava 3,76 bilhões de reais.
No exterior, Wall Street não mostrava um tendência clara, corroborando para a volatilidade no pregão brasileiro, em meio a resultados corporativos e expectativas para a fala do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, no começo da tarde.
O S&P 500 tinha oscilação negativa de 0,03%.
- VALE subia 1,3%, conforme os futuros do minério de ferro na China renovaram máximas. O movimento ocorre após acordo da companhia com o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) envolvendo pagamento de 400 milhões de reais pela Vale a título de dano moral coletivo causado a trabalhadores da mina em Brumadinho (MG), cujo rompimento de barragem no início do ano deixou centenas de mortos. A Vale disse que ajustará provisões por Brumadinho no resultado do segundo trimestre.
- B3 avançava 1,7%, corroborando o viés positivo. Relatório do Credit Suisse reiterou recomendação 'outperform' e elevou o preço-alvo de 35 para 48 reais. A análise citou perspectivas de melhores resultados em razão de maiores volumes negociados.
- ITAÚ UNIBANCO PN ganhava 0,6%, endossando a alta, assim como BRADESCO PN, que subia 0,3%.
- GOL valorizava-se 3,25%, conforme alguns analistas veem a empresa como principal beneficiada com a situação da Avianca Brasil, em recuperação judicial e com operações suspensas no país.
- KLABIN mostrava elevação de 2,3%, em sessão positiva para o setor de papel e celulose na bolsa, com SUZANO em alta de 2,4%, apesar de analistas ainda citarem pouca visabilidade para o cenário de preços de celulose. Em relatório de análise de crédito, o Bradesco BBI destacou que, apesar dos investimentos estimados para o projeto Puma II, a alavancagem financeira da Klabin não deve alcançar os níveis elevados de investimentos anteriores.
- MRV tinha alta de 2,6%, um dia após a construtora reportar que teve alta de 5,8% nos lançamentos do segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado, enquanto as vendas avançaram 2,7% na mesma comparação.
-CYRELA, que também divulgou prévia operacional na segunda-feira, abriu em forte alta, mas perdeu o fôlego e mostrava variação positiva de apenas 0,3%.
- PETROBRAS PN subia 0,25% e PETROBRAS ON avançava 0,4%, com alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia iniciou fase não vinculante referente à primeira etapa da venda de ativos em refino e logística associada no país, que inclui quatro refinarias.
- SABESP recuava 1,5%, entre as principais baixas, após ter renovado recentemente máxima histórica em meio a expectativas ligadas a uma eventual privatização da companhia de água e esgoto do Estado de São Paulo.
- BRASKEM cedia 1%. O HSBC cortou o preço-alvo das ações da petroquímica de 59 para 40 reais.
- OI PN subia 1,8% e a ON exibia estabilidade, após divulgar plano estratégico que prevê arrecadar de 6,5 bilhões a 7,5 bilhões de reais com a venda de ativos não essenciais para a operação até 2021. A operadora de telecomunicações também fez projeções de receita e desempenho operacional nos próximos anos.