Em seu IPO, a Arezzo movimentou 565,8 milhões de reais em uma oferta primária e secundária de ações, (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2011 às 20h47.
São Paulo – A Raymond James começou nesta quinta-feira (17) a cobertura das ações ordinárias da Arezzo (ARZZ3) com recomendação de desempenho acima da média de mercado (outperform) e preço-alvo (dez/11) em 30 reais, um potencial de valorização de 29%.
Desde que seu IPO (Oferta Inicial de Ações, na sigla em inglês) foi realizado, em 2 de fevereiro de 2011, as ações da Arezzo subiram 22% e superaram o Ibovespa em torno de 25%. O plano de crescimento da Arezzo prevê a criação de 160 novas lojas e o dobro de vendas nos próximos cinco anos.
A empresa planeja ainda duplicar as lojas com as marcas Arezzo e Schutz até 2015. “Acreditamos que a Arezzo deve permancer como o principal canal de vendas deste conjunto de marcas, mas a contribuição da Schutz pode apresentar um crescimento de 30% num período de cinco anos”. Além dessas marcas, a empresa possui o controle da Ana Capri e Alexandre Birman.
Cerca de 90% das lojas são franqueadas e uma fatia de 80% da produção é terceirizada, conforme lembra o relatório. “Trata-se de uma estratégia que tem permitido a empresa a crescer em rentabilidade com uma alta conversão do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em fluxo de caixa livre”, lembra a analista.
Em seu IPO, a Arezzo movimentou 565,8 milhões de reais em uma oferta primária e secundária de ações, precificada no teto da faixa estimada pelos coordenadores, entre 15 e 19 reais. Os lotes suplementar e adicional ofertados também foram totalmente exercidos, totalizando 29,8 milhões de ações emitidas.
A operação marcou o primeiro IPO deste ano na Bovespa. A companhia tem seus produtos comercializados por 260 franquias, sendo 253 no Brasil e sete no exterior, além de contar com 27 lojas próprias. Suas marcas também estão presentes em mais de 1.600 lojas multimarcas no país.