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Americanas fará emissão de debêntures e iniciará pagamentos previstos em recuperação judicial

Com a emissão, a empresa dará início ao desembolso dos montantes necessários para o cumprimento do Plano de Recuperação Judicial

A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro do ano passado, após a descoberta de fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões (Americanas S.A./Divulgação)

A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro do ano passado, após a descoberta de fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões (Americanas S.A./Divulgação)

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Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de março de 2024 às 08h26.

A Americanas, em recuperação judicial, informou na noite desta terça-feira, 5, que assinou a escritura de uma emissão de debênture simples, não conversível em ações, para colocação privada, no valor de até R$ 3,5 bilhões.

Com a emissão, a empresa dará início ao desembolso dos montantes necessários para o cumprimento do Plano de Recuperação Judicial (PRJ) aprovado pela Assembleia Geral de Credores em dezembro, e homologado pela 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro em 26 de fevereiro.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa afirma que as debêntures são o instrumento utilizado para operacionalizar o financiamento extraconcursal na modalidade debtor-inpossession (Financiamento DIP).

"O Financiamento DIP foi estruturado de forma a viabilizar a entrada de recursos que são imprescindíveis para que a companhia possa cumprir suas obrigações de pagamento previstas no PRJ antes mesmo do aumento de capital nele previsto. Trata-se, assim da antecipação de parte dos recursos que virão a ser aportados pelos acionistas de referência da Companhia em tal aumento de capital", explica.

Segundo a empresa, o Financiamento DIP contará com garantia real e terá prazo de vencimento de 24 meses contados da data de emissão, ressalvadas as hipóteses de resgate e/ou vencimento antecipado.

A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro do ano passado, após a descoberta de fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões cometidas durante administrações anteriores. O plano de recuperação prevê uma capitalização da empresa em R$ 24 bilhões, o que deve reduzir a dívida bruta de mais de R$ 38 bilhões para cerca de R$ 1,9 bilhão.

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