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Alta de juros na Europa, produção da Petrobras e o que mais move o mercado

Às vésperas de decisão, mercado mantém dúvidas sobre o tamanho da primeira elevação de juros do BCE em mais de uma década

Cristine Lagarde: presidente do Banco Central Europeu (Francois Lenoir/Reuters)

Cristine Lagarde: presidente do Banco Central Europeu (Francois Lenoir/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de julho de 2022 às 07h14.

Última atualização em 21 de julho de 2022 às 08h09.

As bolsas internacionais operam sem uma direção definida na manhã desta quinta-feira, 21, com investidores à espera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), prevista para às 9h15.

Primeira alta de juros em mais de uma década

O BCE chega para esta decisão com a maior inflação da história da Zona do Euro, próxima de 9% no acumulado de 12 meses. A expectativa é de que a equipe a liderada pela presidente Christine Lagarde realize a primeira alta de juros do bloco desde 2011. Mas ainda há dúvidas sobre o tamanho da dose.

A percepção inicial era de que o remédio contra a inflação europeia viria a conta-gotas, de 0,25 ponto percentual, para não abalar a já combalida economia do bloco. Mas uma reportagem da Bloomberg do início da semana com fontes do BCE serviu para alimentar as esperanças de um ajuste inicial mais intenso, de 0,5 p.p..

A equipe do banco europeu ING vê uma alta de 0,5 ponto percentual como possível, mas pontua que o BCE poderá ser menos agressivo nesta decisão para cumprir a alta de 0,25 p.p. sinalizada no comunicado da última reunião.

Mesmo que apenas para salvar a face, o BCE ainda pode optar por proceder como foi sinalizado, mas especialmente após os relatórios desta semana, suspeitamos que o foco se voltaria rapidamente para a possibilidade de uma alta ainda maior que 50bp na reunião de setembro.

"Mas especialmente após os relatórios [de inflação] desta semana, suspeitamos que o foco se voltaria rapidamente para a possibilidade de uma alta ainda maior que 0,5 p.p. na reunião de setembro", afirmou o ING em nota. 

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,15%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,02%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,21%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,38%
  • DAX (Frankfurt): - 0,29%
  • CAC 40 (Paris): + 0,46%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,51%
  • Shangai Composite (Xangai): - 0,99%
  • Nikkei 225 (Tóquio): + 0,44%

Petrobras 

A Petrobras (PETR4) irá apresentar seu relatório de produção e vendas do segundo trimestre após o pregão desta quinta-feira. Os dados devem servir para balizar as expectativas do mercado para o balanço do período, que será divulgado na próxima quinta-feira, 28.

TC faz novo aporte

O TC (TRAD3) anunciou um acordo para a aquisição de participação Galícia Educação, com presença no ensino a distância. O valor do investimento anunciado foi de R$ 2 milhões. O TC ainda terá a opção de fazer um investimento adicional de até R$ 2,5 milhões até o final de 2023.

A estratégia, segundo o TC, visa fortalecer a frente educacional, com os produtos do TC e Galícia sendo disponibilizados em ambas as plataformas. O acordo de investimento ainda prevê compartilhamento de receita e exclusividade da parceria com o TC na área de finanças.

Hidrovias do Brasil

O Conselho da Hidrovias do Brasil (HBSA3) aprovou a emissão de R$ 500 milhões em debêntures. O prazo de vencimento será de cinco anos para debêntures da primeira série e de sete par as da segunda. A emissão, segundo a companhia, teria o objetivo de "otimizar a estrutura de capital".

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