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Ações do Alibaba valorizam em estreia na bolsa de NY

Foi uma estreia auspiciosa para a empresa que já responde por 80% das vendas online na China e foi fundada por Jack Ma em seu apartamento em 1999

Alibaba na bolsa de NY: inicialmente, IPO do Alibaba movimentou 21,8 bilhões de dólares (Brendan McDermid/Reuters)

Alibaba na bolsa de NY: inicialmente, IPO do Alibaba movimentou 21,8 bilhões de dólares (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 15h55.

Nova York - As ações da empresa de comércio eletrônico Alibaba dispararam em seu primeiro dia de negociação nesta sexta-feira, com investidores aproveitando a chance para entrar no que deve ser a maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da história e para lucrar com a crescente classe média na China.

Foi uma estreia auspiciosa para a empresa que já responde por 80 por cento das vendas online na China e foi fundada por Jack Ma em seu apartamento em 1999.

Cerca de 100 pessoas se reuniram em frente à Bolsa de Nova York, muitos deles turistas chineses com câmeras, que comemoraram quando Ma saiu do edifício.

Nos primeiros negócios, a ação do Alibaba saiu a 92,70 dólares e rapidamente subiu para 99,70 dólares. Mais de 100 milhões de ações mudaram de mãos durante o pregão nos primeiros 10 minutos de negociação. Às 15h31, no horário de Brasília, as ações subiam 35,9 por cento, para 92,44 dólares.

"É o evento mais esperado que eu já vi na minha carreira de 20 anos na bolsa de Nova York. Eu acho que o movimento de hoje é sustentável: a empresa é rentável, ao contrário de alguns de seus concorrentes, e é uma maneira para os investidores de aproveitar da história do crescimento chinês", disse o sócio da J. Streicher & Co, que opera na bolsa norte-americana, Mark Otto.

Inicialmente, o IPO do Alibaba movimentou 21,8 bilhões de dólares, considerando a quantidade de ações na oferta e o preço inicial de 68 dólares por papel.

O diretor de listagem de negócios globais da bolsa de Nova York, Scott Cutler, disse à rede de TV norte-americana CNBC que foi exercida a opção para colocação de 48 milhões de ações adicionais, elevando o giro financeiro da operação para cerca de 25 bilhões de dólares, tornando-se a maior oferta pública inicial da história.

O Alibaba é quase desconhecido para a maioria dos norte-americanos, mas é onipresente na China, onde é responsável por 80 por cento das vendas online.

A empresa lucrou 3,7 bilhões de dólares em 12 meses findos em 31 de março de 2014, um aumento de cerca de 2 bilhões de dólares ante o período anterior.

A precificação no IPO atribuiu ao Alibaba um valor de mercado de cerca de 168 bilhões de dólares, acima de ícones norte-americanos como Walt Disney e Coca-Cola.

Se a ação da companhia fechar perto de 90 dólares em seu primeiro dia na bolsa, a empresa terá um valor de mercado ao redor de 222 bilhões de dólares, quase o mesmo da gigante de bens de consumo Procter & Gamble.

Com a forte valorização da ação do Alibaba na estreia em bolsa, investidores correm o risco de ver frustradas expectativas por ganhos adicionais com o papel.

Ao preço de cerca de 90,50 dólares por papel, a ação do Alibaba tem implícito um valor equivalente a 38 vezes seu lucro estimado por ação para o atual ano fiscal, que termina em março de 2015.

Isso é mais ou menos em linha com a avaliação do Facebook de 39 vezes o lucro, mas nem de longe a valorização elevada da Amazon.com, com múltiplo de 264 vezes, de acordo com dados da Thomson Reuters StarMine.

"A pergunta é se isso se tornará dinheiro parado pelos próximos seis meses", disse um gestor de recursos.

"A ação será negociada a cerca de 93 dólares e continuará estável?", indagou.

O IPO permite que grandes investidores no Alibaba como a japonesa Softbank e o Yahoo lucrem com a abertura de capital da empresa chinesa.

O Yahoo vendeu ações do Alibaba estimadas em 8 bilhões de dólares na operação, ficando com uma participação ainda de 16,3 por cento na companhia.

O Softbank não está vendendo ações do Alibaba no IPO e continuará com uma participação de 32 por cento na empresa chinesa, sendo seu maior acionista individual.

(Reportagem de Liana Baker, Ryan Vlastelica e Jessica Toonkel, com reportagem adicional de Caroline Valetkevitc

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