(Humane/Divulgação)
Repórter
Publicado em 6 de junho de 2024 às 16h30.
Última atualização em 20 de junho de 2024 às 13h59.
No início de 2024, logo após a tradicional feira de tecnologia CES, startups apresentaram propostas de produtos que mesclavam inteligência artificial, câmeras e, talvez, substitutos para os onipresentes smartphones. A ideia, em geral, era facilitar a interação entre o usuário e a máquina, que se torna cada vez mais capaz.
Um dos grandes destaques foi o Ai Pin, feito pela estreante Humane, que, como explica o “pin” do seu nome, é usado como um broche na roupa. A ideia é ter pregado no corpo um chatbot que te ajuda — na teoria — em tarefas diárias.
Quando lançado, a revista Time nomeou o Ai Pin como uma das melhores invenções de 2023. A empresa, que arrecadou US$ 240 milhões de investidores como Sam Altman, da OpenAI, e Marc Benioff, da Salesforce, tinha uma previsão de vender 100 mil unidades. Mas tudo ruiu.
Ainda em janeiro, a empresa demitiu cerca de 10 funcionários e, em fevereiro, um engenheiro sênior foi demitido após questionar a qualidade do produto.
Após as críticas, a Humane iniciou conversas com a HP sobre uma possível venda por mais de US$ 1 bilhão. Outras empresas também manifestaram interesse, mas sem negociações formais até o momento. Para lidar com as discussões, a Humane contratou o banco de investimentos Tidal Partners e busca uma nova rodada de financiamento que a valorize em US$ 1,1 bilhão.
A pá de cal sobre o produto aconteceu nesta semana, quando a Humane solicitou que os clientes parassem de usar o estojo de carregamento do Ai Pin devido ao risco de incêndio.
Esses problemas refletem uma tendência de falhas no setor de IA, com empresas lançando produtos inacabados. Google, Microsoft e Samsung também enfrentaram desafios com suas ofertas de IA.
Outro grande fracasso, que já foi enterrado, foi o R1, da startup Rabbit, que tentou uma IA de bolso, mas que se mostrou extremamente falha na compreensão de voz e imagens, tornando-se, mais um na lista dos fracassos de 2024.