Avião da Air Canada: empresa arcou com prejuízo do passageiro (Gary Hershorn/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 12h48.
Um chatbot da Air Canada causou prejuízo para um passageiro que comprou passagens de avião pelo site da linha aérea.
Após a morte de sua avó em Ontário, Canadá, Jake Moffatt entrou na página da companhia e recebeu ajuda de um chatbot. O assistente de inteligência artificial (IA) afirmou que passageiros que reservam viagens de última hora devido a tragédias têm as tarifas reduzidas.
Moffat, então, pagou uma passagem de US$ 600 e outra de valor semelhante para a volta, totalizando aproximadamente US$ 1.200. Depois, quando foi atrás do desconto, descobriu que o chatbot havia passado uma informação falsa.
Por que parece que o ChatGPT ficou mais burro?
Segundo a Air Canada, "taxas de luto" só são aceitas um dia antes do voo, e não após a viagem. A companhia aérea argumenta que o assistente virtual é uma entidade legal separada, "responsável por suas próprias ações", e que o passageiro poderia ter procurado pela política de luto disponível no site da linha aérea.
O caso chegou na Justiça e o tribunal canadense ficou do lado do passageiro. O juiz determinou que, como Moffatt pagou US$ 483 a mais do que queria, a Air Canada deverá pagar esse valor, mais US$ 93 de taxas judiciais e US$ 26,30 em juros.
“Não há razão para que o Sr. Moffatt saiba que uma seção da página da Air Canada é precisa e outra não”, escreveu o juiz na decisão, de acordo com o Washington Post.