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Porta-aviões da China atravessa o Estreito de Taiwan após manobras

Taiwan é considerado um governo autônomo, mas China reinvidica posse do local e tensão diplomática tem crescido na região

Captura de tela de vídeo do Exército chinês em que um caça pousa no porta-aviões Liaoning durante manobras ao redor de Taiwan, em 14 de outubro de 2024 (AFP)

Captura de tela de vídeo do Exército chinês em que um caça pousa no porta-aviões Liaoning durante manobras ao redor de Taiwan, em 14 de outubro de 2024 (AFP)

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AFP
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Agência de notícias

Publicado em 23 de outubro de 2024 às 09h20.

Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 09h26.

Um porta-aviões da China atravessou nesta quarta-feira, 23, o Estreito que separa o país de Taiwan, informou o Ministério da Defesa da ilha de governo autônomo, um dia depois de Pequim efetuar exercícios com munição real na área.

Uma frota da Marinha da China "liderada pelo porta-aviões Liaoning está passando neste momento Estreito de Taiwan neste momento, navegando ao norte, do lado oeste da linha mediana, e estamos a monitorando de perto", disse o ministro da Defesa, Wellington Koo.

A linha mediana marca a divisão das águas entre os dois territórios.

Algumas horas antes, o ministério informou em um comunicado que a frota navegava por águas próximas a Dongsha, uma ilha a 400 quilômetros de Taiwan, e avançava em direção ao Estreito.

A China considera Taiwan parte de seu território e intensificou as atividades militares ao redor da ilha nos últimos anos para pressionar as autoridades de Taipé, que não aceitam as reivindicações de soberania de Pequim.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que é "perfeitamente normal que os porta-aviões chineses naveguem em seu próprio território e águas territoriais".
O Liaoning pareceu retornar ao porto de Qingdao, no leste da China, para "reabastecimento e manutenção necessários", disse Jiang Hsin-biao, especialista militar do Instituto de Taiwan para Pesquisa de Defesa Nacional e Segurança.

Na semana passada, o Exército chinês organizou exercícios militares com aviões e navios, incluindo o porta-aviões Liaoning, que cercaram a ilha em uma "advertência contra atos separatistas" de Taiwan.

E esta semana, as autoridades chinesas anunciaram exercícios com munição real na terça-feira em uma área a apenas 105 quilômetros da ilha principal de Taiwan.

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