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Whitepaper do Bitcoin completa 16 anos: do 0 ao US$ 1 trilhão, saiba a trajetória do "ouro digital"

Primeira e maior criptomoeda do mundo completa 16 anos de valorização expressiva e uma revolução no mercado financeiro tradicional

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 31 de outubro de 2024 às 14h00.

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Primeira e maior criptomoeda do mundo completa 16 anos de valorização expressiva e uma revolução no mercado financeiro tradicionalNesta quinta-feira, 31 de outubro, o whitepaper do bitcoin completa 16 anos. O documento, que marca a estreia do que seria a ideia primária da que viria a se tornar a maior criptomoeda do mundo, foi divulgado em 2008 por Satoshi Nakamoto, figura enigmática do mercado cripto que sumiu sem deixar rastros em 2010.

O whitepaper do bitcoin detalha o projeto que surgiu como um protesto ao sistema financeiro tradicional em meio a uma grande crise nos Estados Unidos. 16 anos depois, a criptomoeda deu origem à muitas outras em um mercado trilionário que já é adotado, inclusive, pelo próprio mercado financeiro tradicional que motivou o “protesto”.]

No momento, o bitcoin se aproxima de uma nova máxima histórica de preço e é cotado a mais de US$ 71 mil. Seu valor de mercado ultrapassa US$ 1,4 trilhão, o colocando como um dos ativos mais valiosos do mundo. Diversos especialistas, incluindo Larry Fink, CEO da BlackRock, o consideram o “ouro digital” graças às suas características de escassez digital programadas há 16 anos no whitepaper.

Do 0 ao US$ 1 trilhão

"Em apenas 16 anos, o Bitcoin evoluiu de apenas uma ideia (whitepaper) para um dos ativos mais valiosos do mundo, ocupando a 10ª posição no ranking de valor de mercado. Em 2008, diante do primeiro quantitative easing nos EUA, Satoshi Nakamoto já enxergava a necessidade de uma moeda resistente à impressão ilimitada”, disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.

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“Hoje, essa necessidade é ainda mais perceptível aos investidores e a população de forma geral, diante da acelerada perda de poder de compra das moedas fiduciárias, que se intensificaram pós-pandemia”, acrescentou ele à EXAME.
“Isso fez com que o Bitcoin fosse demandado não apenas por investidores individuais, como 2024 também mostrou uma entrada significativa de capital institucional, reforçando o Bitcoin como um ativo essencial na diversificação de portfólios e como proteção contra a inflação”, concluiu Parizotto.

Neste dia 31, o bitcoin finaliza o mês de outubro em alta expressiva, de mais de 14%. O mês, que marca o lançamento do whitepaper do Bitcoin, também é conhecido no mercado como “Uptober”, em referência ao termo “Up”, ou “alta” em inglês. Ao longo dos anos, o mês de outubro marcou altas significativas para a maior criptomoeda do mundo.

“Estamos falando de um aumento de mais de 14% no mês e de apenas mais alguns movimentos importantes de entrada de capital para reescrever, mais uma vez, a história daquela que continua a se mostrar a principal criptomoeda e referência não apenas do ecossistema, mas de dinheiro em todo o mundo”, disse Sebástian Serrano, CEO e cofundador da Ripio.

“Pode-se dizer que o whitepaper do Bitcoin foi o grande marco inicial do mercado de criptoativos. Foi a partir dessa invenção que abriram-se as portas para um universo de possibilidades a serem desenvolvidas com tecnologia blockchain”, acrescentou o executivo da empresa do setor cripto.

Bitcoin é o ouro digital?

Desenvolvido com uma série de semelhanças ao metal precioso, o bitcoin é considerado por muitos especialistas um “ouro digital”. Além de escasso, com um limite de 21 milhões de unidades das quais 19 milhões já foram mineradas e um corte na emissão pela metade a cada quatro anos, o bitcoin também é programável.

Enquanto não é possível saber a oferta total do ouro no mundo, a do bitcoin é conhecida por todos. Esses motivos chamaram a atenção de grandes empresas e corporações, como a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo com mais de US$ 10 trilhões sob gestão. Larry Fink, CEO da gestora, já expressou diversas vezes sua opinião de que o bitcoin é o “ouro digital”.

Outros especialistas compartilham da mesma opinião:

"Nos últimos 16 anos, vimos o Bitcoin deixar de ser um experimento social e passar a ser o principal representante de uma classe global de ativo, sendo hoje a principal alternativa digital ao ouro na tese de reserva de valor”, disse João Galhardo, analista de research da Mynt.

“E ao contrário do ouro, que precisou de milênios para se consolidar, o bitcoin atraiu a atenção institucional, fomentou discussões regulatórias e impulsionou o avanço das finanças descentralizadas, tudo em menos de duas décadas”, acrescentou o analista à EXAME.

“Considerando este cenário do Bitcoin reafirmo que é muito provável que, até o final do ano, ninguém duvide que o Bitcoin seja o ‘ouro digital’ da nova economia”, disse Sebástian Serrano, CEO da Ripio.

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