Future of Money

Preço da criptomoeda 'Omicron' sobe quase 1.000% após alerta da OMS

Criptomoeda com o mesmo nome da nova variante do coronavírus chamou a atenção de investidores após alerta da OMS e preço se multiplicou

Preço da criptomoeda saiu de 70 dólares para mais de 700 em poucos dias (PhonlamaiPhoto/Getty Images)

Preço da criptomoeda saiu de 70 dólares para mais de 700 em poucos dias (PhonlamaiPhoto/Getty Images)

share
Coindesk

Coindesk

Publicado em 29 de novembro de 2021 às 12h10.

Última atualização em 30 de novembro de 2021 às 10h22.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou a nova variante do coronavírus, B.1.1.529, como “ômicron” e alertou sobre seus riscos, fazendo com que o mercado cripto e diversas ações sofressem forte queda.

No entanto, uma criptomoeda pouco conhecida permaneceu resiliente e multiplicou seu preço 10 vezes ao longo do final de semana: a OMIC, moeda nativa do protocolo descentralizado com o mesmo nome da nova variante do covid-19, que era negociada por 70 dólares na madrugada de sexta-feira, 26, subiu para 711 dólares no último domingo, de acordo com dados da Crypto.com.

A alta no preço do token pode representar um pico na irracionalidade — nesse caso, o preço da criptomoeda teve uma série de altas significativas apenas porque seu blockchain compartilha o mesmo nome da nova variante do SARS-CoV-2.

O Omicron, projeto baseado em títulos de yield farming, é construído com a tecnologia de escalabilidade da Ethereum chamada Arbitrum, mas não tem nenhuma conexão com o coronavírus, e a moeda OMIC está longe de ser um ativo seguro.

Enquanto o fornecimento máximo do token é de 1.000.000 OMIC, provedoras de dados como a Messari, Crypto.com e CoinGecko não disponibilizam detalhes sobre o valor de mercado da criptomoeda. Alguns observadores veem a alta no preço da OMIC como uma evidência de condições similares à bolhas no mercado cripto.

A OMIC é lastreada por uma cesta de ativos, incluindo a stablecoin USDC, e é listada apenas na exchange descentralizada SushiSwap. Os donos de moedas OMIC podem realizar staking para receber mais tokens. “O benefício principal dos stakers vem do aumento na quantidade de moedas. O protocolo emite novos tokens a partir de seu tesouro, e a maior parte deles é distribuído para os stakers”, afirma um material explicativo oficial. “Dessa forma, os lucros dos stakers virá de balanços autocompostos, apesar da exposição ao preço continuar sendo um fator importante a se considerar”.

O token OMIC é negociado atualmente por 625 dólares. O mercado cripto mais amplo também ganhou certo equilíbrio, com o bitcoin se recuperando e atingindo os 57.500 dólares após seu preço ter chegado a 53.800 dólares com queda de 9% na sexta-feira, 26.

Os contratos futuros atrelados ao S&P 500 também indicam diminuição dos temores relacionados à nova variante, com um ganho de 0,5%.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube

Acompanhe tudo sobre:BlockchainCoronavírusCriptoativosCriptomoedasEXAME-no-InstagramFinançasMercado financeiroOMS (Organização Mundial da Saúde)Pandemia

Mais de Future of Money

Nova líder da Bitso no Brasil não vê "briga" com grandes corretoras internacionais de cripto

Criador da Ethereum revela um dos 'maiores riscos' para o blockchain

Michael Saylor diz que vai deixar fortuna de R$ 6 bilhões em bitcoin 'para a humanidade'

Bitcoin ou renda fixa: em qual investir agora? Especialista do BTG Pactual responde