(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 21 de julho de 2024 às 11h00.
Não deve existir um brasileiro que não tenha o sonho de alcançar a independência financeira a partir de investimentos – a não ser aqueles que já conquistaram isso. Porém, esta ainda é uma realidade bastante distante e por diversos motivos, que vão desde a falta de educação financeira até mesmo ambientes propícios para isso.
Em meio ao crescente número de investidores em renda variável no país, as criptomoedas se tornaram as queridinhas dos brasileiros. Essa alta demanda, entretanto, encontra um gargalo, já que são poucos os players que oferecem esse tipo de produto.
Será que sua empresa está preparada para atender esses clientes?
De fato, a educação financeira do brasileiro não é a melhor do mundo. Segundo uma pesquisa de 2020, apenas 21% das pessoas tiveram acesso a esse tipo de ensinamento na infância. A maioria aprendeu na adolescência ou já na fase adulta. Embora não seja o único fator, isso acaba refletindo na forma como o país lida com seus orçamentos.
Em abril de 2024, 68,78 milhões de brasileiros estavam inadimplentes, segundo o levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A dívida média gira em torno de US$ 4,4 mil, sendo os bancos os principais destinatários desses valores.
Algumas tentativas para mudar este cenário estão sendo feitas. Por exemplo, o Senado discute a inclusão da matéria de educação financeira no ensino básico, como forma de ajudar a formar pessoas mais conscientes sobre seus gastos.
É claro que, sozinho, este movimento não tem tanta força para mudar outras variáveis que atuam nas necessidades mais básicas dos brasileiros, mas o conhecimento já é um passo importante para mitigar a inadimplência.
Brasil de investidores
Apesar das dificuldades financeiras, o sonho de alcançar a independência financeira existe. Para isso, muitos apostam que o investimento é o caminho mais seguro e eficiente para se chegar lá.
E os números não mentem! O último levantamento da B3,responsável pela bolsa de valores brasileira, de maio,registrou 16,3 milhões de investidores de renda fixa, e 5,1 milhões de renda variável. Excluindo as duplicidades de quem investe nos dois “setores”, o número total de pessoas físicas operando é de 19,4 milhões.
Este é o oitavo mês consecutivo de alta no número de cadastrados. E se considerarmos o “boom” durante a pandemia, o crescimento é de 80% entre 2020 até agora. O montante transacionado também não deixa a desejar. Só na renda variável, foram movimentados cerca de R$ 556,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Em comparação com o mesmo período de 2023, a alta é de 27%. Já a renda fixa, alcançar R$ 2,2 trilhões, registrando uma alta de 24%
Se a B3 já não fosse grande o suficiente, os investidores devem ter outra opção para realizar seus investimentos, com a possível retomada da bolsa de valores do Rio de Janeiro. Apesar de não ser possível cravar o desempenho futuro do pregão, fato é que os cariocas representam mais de 1,1 milhão dos investidores brasileiros. Já a capital conta com mais de 4 mil fundos de investimentos, e um patrimônio de R$ 2,2 trilhões sob gestão.
Apetite por criptomoedas no Brasil
O mercado tradicional é responsável por uma fatia muito grande do interesse dos investidores brasileiros. Porém, digamos que ele não é dos mais acessíveis assim, afinal, são necessários muitos cadastros, entendimento de termos e taxas de difícil compreensão, mesmo que tudo isso esteja em um ambiente bem centralizado. Soma-se a isso a falta de educação financeira e vemos que rendas fixa e variável teriam um potencial muito maior para atrair novos interessados.
Esta, entretanto, não é a realidade quando a gente fala de criptomoedas. Um levantamento recente aponta que existem mais de 560 milhões de investidores de criptomoedas ao redor do mundo. No Brasil, este número gira em torno de 26 milhões de pessoas que possuem alguma moeda digital. Isso coloca o país na 6ª colocação em adoção global.
Se compararmos este setor com o mercado tradicional, a discrepância é nítida. Pois, de um lado, 26 milhões de brasileiros investem em criptomoedas, contra 19,4 milhões em todo o setor financeiro nacional. Considerando a volatilidade dos tokens, facilmente poderíamos colocá-los na caixinha de “renda variável”... Aí, a disputa fica ainda mais desigual. São 26 milhões, contra 5,1 milhões. Ou seja, o apetite por criptomoedas no Brasil é extremamente alto.
Com a recente regulamentação – e seu constante avanço – do mercado de criptomoedas no Brasil, há um conforto muito maior para se investir nessa classe de ativos por aqui. Isso ajudou tanto o cenário, que muitas empresas internacionais – corretoras ou de tecnologia – estejam mirando esforços para trazer suas operações para cá.
Por ser um mercado totalmente descentralizado, hoje é muito fácil comprar e vender criptomoedas no Brasil. Existem diversas corretoras nacionais, além de produtos listados em bolsa, como os ETFs.
Para finalizar, as novas oportunidades tendem a surgir, a partir do momento em que o mercado local se desenvolve e cria novos ambientes propícios para a negociação de criptoativos.
Porém, os grandes bancos e startups ainda não possuem capacidade técnica e conhecimento legislativo para implementar esse tipo de operação em suas plataformas. Mas para isso, já existem players no mercado com ótimas soluções B2B e que atendem as necessidades dos clientes.
*Beto Fernandes é analista do Grupo Foxbit.
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