Future of Money

Bitcoin tem maior volatilidade em dias de divulgação da inflação nos EUA

Estudo aponta que preço da maior criptomoeda do mercado varia mais antes do compartilhamento de dados sobre economia dos Estados Unidos

 (Reprodução/Reprodução)

(Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de maio de 2023 às 13h58.

Um estudo divulgado pela empresa de análise do mercado cripto Kaiko aponta que, historicamente, o preço do bitcoin apresenta mais volatilidade nas seis horas antes e depois da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos, um indicador da inflação no país também conhecido como CPI.

A empresa levou em conta apenas a volatilidade intradiária da criptomoeda, ou seja, as variações na sua cotação ao longo do dia. A Kaiko destacou que a volatilidade do ativo em outros períodos caiu ao longo dos últimos dois anos, enquanto as variações no dia de divulgação do CPI ficam cada vez maiores.

Por isso, o estudo defende que os dados de inflação dos Estados Unidos "injetam volatilidade" no preço do bitcoin. É um cenário semelhante ao de mercado de ações como um todo, que também costumam ter alta volatilidade nos dias de divulgação de dados sobre a economia dos Estados Unidos.

Dessislava Aubert, um analista da Kaiko, afirmou que "a volatilidade intradiária, especialmente em torno das divulgações de dados, permanece acima da média. Essa tendência continuará, pois o Federal Reserve deixou claro na semana passada que a política monetária será ainda mais dependente de dados".

Próximos passos do Fed

Para o analista, o impacto dos dados de inflação no preço do bitcoin está ligado à importância desses números para a determinação por parte do banco central dos Estados Unidos sobre o ciclo de alta de juros no país. Desde que o ciclo atual começou, em 2022, o mercado de criptomoedas iniciou um forte mercado de baixa, conhecido como "inverno cripto".

Em 2023, porém, os ativos digitais iniciaram um movimento de recuperação apoiado na perspectiva de que o Federal Reserve aliviaria o ciclo de alta após as falências de bancos nos Estados Unidos. A visão acabou se confirmando, mas ainda há incertezas sobre o grau de alívio no ciclo.

Na última reunião do Fed, no início de maio, os juros foram elevados em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 5% e 5,25%. Os integrantes da autoridade monetária sugeriram que podem pausar as elevações no momento devido ao cenário econômico e ao alívio da inflação, o que beneficiaria o bitcoin e outros ativos, mas condicionaram esse posicionamento aos novos dados sobre a economia dos Estados Unidos.

Nesta quarta-feira, 10, foi divulgada a leitura do CPI referente ao mês de abril. O indicador teve uma alta de 0,4% na variação mensal e de 4,9% no acumulado em 12 meses, levemente abaixo do esperado pelo mercado. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis, avançou 5,5% no acumulado, levemente abaixo do esperado, de 5,6%.

Sabia que você pode investir em Bitcoin, ether, Polkadot e muitas outras moedas digitais direto no app da Mynt? Comece com R$ 100 e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Clique aqui para abrir sua conta gratuitamente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinFed – Federal Reserve SystemInflaçãoEstados Unidos (EUA)Criptomoedas

Mais de Future of Money

Máxima histórica não veio (ainda): preço do bitcoin recua com fim de "Uptober"

OKX espera que 'todo o mercado financeiro migre para blockchain' e descarta criar stablecoin própria

MicroStrategy quer reunir R$ 240 bilhões para comprar mais bitcoin

BTG disponibiliza criptomoeda que teve airdrop de mais de R$ 4 bilhões; conheça a EIGEN