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B3 mira em serviços de custódia de criptoativos com nova estratégia para o setor

Responsável pela bolsa de valores brasileira, empresa pretende ser custodiante de bitcoin e outras criptomoedas

B3 pretende investir em custódia de ativos digitais (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

B3 pretende investir em custódia de ativos digitais (Gustavo Scatena/B3/Divulgação)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 26 de março de 2024 às 16h18.

Última atualização em 26 de março de 2024 às 16h50.

A B3, empresa responsável pela bolsa de valores do Brasil, divulgou em seu relatório anual sua estratégia para o mercado de criptoativos e destacou que pretende ser a custodiante de bitcoin e criptomoedas de corretoras, bancos, mesas OTC e demais empresas que operam com ativos digitais no país.

O movimento faz parte da estratégia da empresa, que também está de olho nas regras para segregação patrimonial — separação de ativos de empresas cripto e clientes — que poderão ser divulgadas pelo Banco Central ainda este ano como parte da regulação infralegal do mercado cripto ou então se tornar uma exigência por meio de um projeto de lei que tramita no Congresso.

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Dentro dos debates sobre segregação patrimonial, há uma linha que defende que os criptoativos dos usuários devem ser custodiados por uma empresa externa, para garantir a liquidez em casos de falência ou outros problemas, garantindo que os fundos dos usuários não estarão misturados com os fundos da exchange.

Segundo o relatório, a estratégia da B3 é priorizar três frentes de atuação:

  • Cripto as a service: desenvolvimento de serviços automatizados, por meio de API, para instituições financeiras que oferecem criptoativos para seus clientes e que precisam lidar com uma cadeia operacional complexa, que envolve estabelecer relações comerciais com exchanges (intermediadoras entre vendedores e compradores de ativos digitais) e balcão de criptomoedas, enviar dólares para o exterior com frequência e fazer gestão do risco;
  • Infraestrutura institucional para ativos digitais: oferta de toda a infraestrutura para o mercado de ativos digitais, o que inclui: processo de tokenização, com a geração dos contratos inteligentes, custódia, plataforma de negociação, facilitação de liquidação; e gestão de risco;
  • Digitas Check – Proof of reserves: plataforma para garantir lastro de operações com ativos digitais realizados por mesas, fundos e exchanges.

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Além disso, a B3 destacou que pretende ampliar seu serviço de compra e venda de criptomoedas. A plataforma, que integra a B3 Digitas, foi lançada no ano passado em parceria com a Inter Invest, plataforma de investimentos do Inter. No entanto, o serviço foi lançado inicialmente para uma base específica de clientes.

"A previsão é de que seja liberado de forma gradativa, à medida que os testes forem concluídos. Por meio da plataforma, os clientes podem comprar cinco tipos diferentes de criptomoedas: bitcoin, ether, tether, litecoin e XRP", destacou o relatório.

“O ano de 2023 marca a consolidação da nossa cultura, com o lançamento do propósito da companhia. Começamos esta jornada há seis anos, quando ocorreu a fusão que deu vida à marca B3. Primeiro, estabelecemos nossos valores, depois, nossa causa, e agora já temos maturidade institucional suficiente para afirmar: nós existimos para conduzir o desenvolvimento econômico sustentável no país para a sociedade prosperar”, diz o CEO da B3, Gilson Finkelsztain.

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