O Paris Saint-Germain (PSG) voltou a perder na briga judicial com o atacante Kylian Mbappé. Nesta sexta-feira, a Comissão Conjunta de Recursos da LFP confirmou a decisão em primeira instância da Comissão Jurídica da LFP, condenando o clube a pagar 55 milhões de euros (cerca de R$ 340 milhões) pedidos pelo atacante.

O jogador de 25 anos, atualmente no Real Madrid, cobra salários e bônus não pagos referentes aos meses de abril, maio e junho de 2024, quando ainda jogava pelo clube francês. O PSG poderá apresentar um novo recurso perante a comissão superior de recurso da Federação Francesa de Futebol antes de recorrer à justiça ordinária.

PSG ameaça medidas legais

Um porta-voz do PSG afirmou que o clube pode buscar uma ação judicial para que a “má-fé do jogador” seja avaliada pelos tribunais. “De fato e de direito, o jogador assumiu claros e repetidos compromissos públicos e privados que o Clube simplesmente pede que sejam respeitados, já que o Clube lhe concedeu benefícios sem precedentes por 7 anos em Paris. O Clube será forçado a buscar justiça se o jogador continuar essa disputa”, afirmou o representante.

No mês passado, a Comissão Jurídica da Liga de Futebol Profissional (LFP) já havia condenado o PSG a pagar a quantia exigida por Mbappé. O clube, no entanto, deixou claro que não pretendia realizar o pagamento, o que levou o caso para mediação na Comissão Conjunta da LFP. Assim como na primeira instância, a decisão foi favorável a Mbappé.

Agora, o PSG pode recorrer a outro fórum jurídico para revisar o pedido do atacante. Mbappé cobra o último terço de um bônus de assinatura (36 milhões de euros brutos), além dos salários de abril, maio e junho, e um “bônus ético" relativo ao período.

Reclamação de Mbappé à FFF e UEFA

Mbappé apresentou sua primeira reclamação à Comissão Jurídica da LFP em 8 de agosto, citando o artigo 259 da carta do futebol profissional, que estabelece que “os salários devem ser pagos pelos clubes até o último dia de cada mês, conforme o direito comum”. Dias depois, os advogados de Mbappé enviaram uma carta à Federação Francesa de Futebol (FFF), solicitando que a UEFA fosse informada sobre a situação.