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Juíza do caso Daniel Alves diz que 'há provas suficientes' de que houve um estupro

Magistrada afirmou em despacho que existem elementos para concluir que houve um estupro no banheiro da boate, em Barcelona; brasileiro está preso e é acusado por uma jovem de 23 anos

DOHA, QATAR - DECEMBER 5: Dani Alves of Brazil  during the  World Cup match between Brazil  v Korea Republic  at the Stadium 974 on December 5, 2022 in Doha Qatar (Photo by Eric Verhoeven/Soccrates/Getty Images) (Eric Verhoeven/Getty Images)

DOHA, QATAR - DECEMBER 5: Dani Alves of Brazil during the World Cup match between Brazil v Korea Republic at the Stadium 974 on December 5, 2022 in Doha Qatar (Photo by Eric Verhoeven/Soccrates/Getty Images) (Eric Verhoeven/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 06h43.

A juíza responsável pelo caso jogador Daniel Alves, na Espanha, afirmou que "há indícios muito mais do que suficientes" para considerar que houve um estupro na madrugada de 31 de dezembro dentro do banheiro da área VIP da boate Sutton, em Barcelona. A afirmação consta em um despacho assinado pela magistrada do Tribunal de Instrução n.º 15, da cidade espanhola, ​​Anna Marín.

No documento, que explica as razões pelas quais a prisão preventiva do jogador foi pedida, a juíza também anota que Daniel Alves é o suspeito crime. No entanto, Anna Marín sublinha que a investigação ainda está em andamento e que novos fatos podem surgir.

A defesa de Daniel Alves colocou em dúvida o depoimento da jovem de 23 anos que acusa o brasileiro de estupro dentro do banheiro da boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro do ano passado. Nas 24 páginas do documento apresentado à Justiça espanhola consta a alegação de que a vítima entrou no toalete dois minutos após o atleta, o que contraria o relato feito pela mulher. Alves está preso desde 20 de janeiro por suspeita de agressão sexual que teria sido cometida dentro da casa noturna.

De acordo com o jornal "La Vanguardia", que teve acesso ao recurso, o advogado Cristóbal Martell sustenta que as imagens das câmeras de segurança e o relato da vítima não coincidem. A defesa do jogador insiste que há o intervalo de dois minutos entre o momento em que Alves entra pela porta do banheiro e a chegada da jovem "depois de falar com suas duas amigas e um garçom".

A mulher, segundo o relato do advogado do brasileiro, então vai até a porta do banheiro e "entra sem que Alves abra a porta". De acordo com Martell, "as imagens falam por si" e demonstram "fraquezas nas provas da acusação".

No recurso apresentado pela defesa do jogador, na segunda-feira, no Tribunal de Barcelona, Martell sustenta que existem "certas fragilidades" nas provas reunidas contra o ex-atacante do Barcelona. Segundo ele, as câmeras de segurança do salão não corresponderiam integralmente às declarações prestadas pela vítima, uma jovem de 23 anos que abriu mão de qualquer indenização por parte do jogador.

No pedido para suspender a prisão preventiva, Martell sugere a adoção de medidas cautelares menos onerosas, como comparecer em juízo diariamente, retenção de passaporte e consequente proibição de sair da Espanha, além de uso de pulseira eletrônica.

O jogador, que teria dito a companheiros que não teme "o que vier", enfrentou nessa terça-feira boatos de que sua mulher, a modelo Joana Sanz, teria pedido o divórcio. A notícia foi divulgada por um canal de TV, mas a própria modelo negou que vá se separar.

Apesar disso, nos últimos dias, Joana postou nas redes sociais um desabafo por conta do assédio que tem recebido em mensagens que a chamam de "cúmplice de estuprador". Os sites também comentam outro fato curioso: ela teria apagado todas as suas fotos com o jogador no Instagram.

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