ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Summit ESG: o papel do saneamento na redução da pobreza

Marco do Saneamento já começou a destravar investimentos e atrair o interesse do setor privado; desafios serão grandes, já que o Brasil está muito longe da meta de universalização, prevista para 2033

share
Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 14 de junho de 2024 às 07h30.

yt thumbnail

No Brasil, 15,8% da população não tem acesso a água, 44,2% não contam com coleta de esgoto e apenas 51,2% do material gerado no país tem tratamento. Na prática, 32 milhões de pessoas não têm acesso a água potável e 90 milhões não dispõem de coleta de esgoto. A evolução é muito lenta. Em um ano, o tratamento de esgoto cresce apenas 1 ponto percentual (p.p.), como mostra o Ranking do Saneamento 2024, elaborado pelo Instituto Trata Brasil com o apoio da GO Associados

Já o estudo Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento Brasileiro 2022, feito pelo Trata Brasil e pela consultoria EX ANTE, calcula que a universalização do saneamento teria capacidade de reduzir em R$ 25,1 bilhões as despesas com saúde e ainda teria impacto no aumento da produtividade, com um acrescimento de renda estimado em R$ 22 bilhões até 2040. Segundo cálculos, trabalhadores que residem onde há acesso a saneamento básico têm ganhos 83% maiores do que aqueles que não contam com o mesmo tipo de serviço.

Marco do Saneamento: Jerson Kelman, conselheiro da EVOLTZ, IGUÁ e ORIZON, fala sobre universalização com Rodrigo Caetano

Marco do Saneamento: Jerson Kelman, conselheiro da EVOLTZ, IGUÁ e ORIZON, fala sobre universalização com Rodrigo Caetano (Reprodução)

O Summit ESG 2024, promovido pela Examea maior publicação de negócios do Brasil, trouxe estes problemas para o centro da discussão no painel "Infraestrutura Cidadã: o impacto do saneamento na redução da pobreza". Com a mediação de Rodrigo Caetano, editor de ESG da Exame, o encontro conta com a participação de Jerson Kelman, conselheiro da EVOLTZ, Iguá e Orizon. O painel faz parte da agenda do “Mês do ESG 2024”.

Depois de muito tempo fora das prioridades da pauta de infraestrutura - ao contrário, por exemplo, do setor elétrico, que chega a 99% da população, e é apontado como estratégico -, investidores e governantes passaram a olhar com mais confiança para projetos de água e esgoto.

O Marco do Saneamento de 2020 é a principal alavanca dos projetos que vêm sendo desenhados para o país, avalia Kelman. As regras preveem a universalização até 2033 e até 2040 em casos excepcionais.

A meta, para o especialista, é muito ousada. Para ele, como o Brasil está muito atrasado no setor, os objetivos deveriam ser mais realistas. O boa notícia, no entanto, é que, apesar de o marco ser relativamente recente, os investimentos já estão sendo feitos.

"Os desafios para água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos são enormes. Talvez o maior desafio no setor de infraestrutura no país seja que a classe política, na hora de inaugurar, tem interesse. Mas na hora de alocar recursos para manter funcionando o interesse diminui. Tão importante quanto fazer é manter", sintetiza Kelman.

Summit

Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e promove debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.

Neste ano, serão realizados 21 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Os temas abordados serão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição Energética, Economia Circular e Adaptação e Transição Justa.

A cada semana, dois blocos serão veiculados, sempre às terças e quintas. Cadastre-se aqui para conhecer os detalhes da programação.

Acompanhe tudo sobre:eventos-exameinfra-cidadãSaneamentoEsgotoÁguaInfraestrutura

Mais de ESG

Aneel: o que são as agências reguladoras e como funcionam

"Economia ilegal é a maior inimiga da biodiversidade", diz prefeito de Cali na COP16

COP16: Em abertura, André do Lago pede que economia seja aliada da natureza

"Dona" de Jericoacoara? Entenda imbróglio que ameaça área preservada do destino turístico