Economia

Putin admite impacto negativo das sanções na economia russa

É a primeira vez que Putin admite publicamente o impacto na economia nacional das inúmeras sanções internacionais, que afetam vários setores, incluindo os hidrocarbonetos

As sanções impostas à economia russa podem realmente ter um impacto negativo sobre ela no médio prazo", disse o presidente (Contributor/Getty Images)

As sanções impostas à economia russa podem realmente ter um impacto negativo sobre ela no médio prazo", disse o presidente (Contributor/Getty Images)

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AFP
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Agência de notícias

Publicado em 29 de março de 2023 às 11h56.

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu nesta quarta-feira, 29, que as sanções internacionais pela ofensiva na Ucrânia podem ter um impacto "negativo" na economia russa a "médio prazo", depois de se vangloriar nos últimos meses da capacidade do país para se adaptar a esta nova situação.

"As sanções impostas à economia russa podem realmente ter um impacto negativo sobre ela no médio prazo", disse o presidente, em uma reunião com o governo, transmitida pela televisão.

É a primeira vez que Putin admite publicamente o impacto na economia nacional das inúmeras sanções internacionais, que afetam vários setores, incluindo os hidrocarbonetos.

Impacto na economia russa

Mais de um ano depois do início da ofensiva na Ucrânia, "o desemprego está no seu nível mais baixo", em 3,6%, e "no final de março a inflação vai cair abaixo dos 4%", depois de ter subido para quase 20% um ano atrás, detalhou o presidente russo.

"Isso não significa que todos os problemas já estejam resolvidos", advertiu, dirigindo-se aos membros de seu gabinete.

"O retorno a uma trajetória de crescimento não deve nos levar a relaxar", acrescentou em seu discurso, no qual pediu esforços para "garantir a soberania econômica da Rússia".

Putin lançou um apelo ao governo e aos empresários para que "garantam o lançamento rápido de novos projetos nas indústrias transformadoras, particularmente na alta tecnologia", setor afetado pela saída de inúmeros especialistas para o exterior.

"Nosso sistema financeiro deve desempenhar um papel importante na resposta às necessidades dos exportadores. E temos que substituir as empresas ocidentais que trabalham nesse setor", frisou.

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