Economia

Premiê grego deve convocar voto de confiança após revolta

Turbulências políticas na Grécia têm alimentado incerteza sobre como o governo vai implementar o acordo de resgate


	Premiê grego Alexis Tsipras: ele teve de contar com o apoio da oposição para aprovar o resgate no Parlamento
 (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

Premiê grego Alexis Tsipras: ele teve de contar com o apoio da oposição para aprovar o resgate no Parlamento (REUTERS/Alkis Konstantinidis)

share
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2015 às 08h20.

Atenas - O governo grego deve convocar um voto de confiança, após rebelião entre parlamentares do Syriza, partido do governo, sobre o novo acordo de resgate ao país, disseram ministros de alto escalão nesta segunda-feira.

O ministro da Energia, Panos Skourletis, descreveu um voto parlamentar desse gênero como "autoevidente" depois da rebelião de sexta-feira, quando quase um terço dos representantes do Syriza se abstiveram ou votaram contra o acordo.

Com a ala esquerda do Syriza dando poucos sinais de voltar a se alinhar com o partido, Skourletis também levantou a possibilidade de eleições antecipadas caso o premiê Alexis Tsipras perca o voto de confiança.

Tsipras teve de contar com o apoio da oposição para aprovar o resgate no Parlamento e outro ministro argumentou que eleições seriam uma maneira de conseguir estabilidade política.

As turbulências políticas na Grécia têm alimentado incerteza sobre como o governo vai implementar o acordo de resgate, que exige profundas reformas econômicas e medidas de austeridade rígidas, sem uma maioria viável.

O governo já disse que sua prioridade é assegurar o início do financiamento de seus credores internacionais sob um programa de resgate, o terceiro da Grécia em cinco anos, de forma que Atenas consiga fazer um pagamento da dívida de 3,2 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.

Acompanhe tudo sobre:Alexis TsiprasSyriza

Mais de Economia

Governo diz que déficit recorde de estatais em 2024 deve-se a investimentos

'Estamos comprometidos em atingir meta de inflação', diz Campos Neto

FMI prevê que Fed fará mais dois cortes nos juros até o fim do ano e quatro em 2025

FMI mantém projeção sobre Argentina e diz a Milei que 'o trabalho ainda não terminou'