Economia

Moro: Banco Central faz consulta pública sobre monitoramentos do Coaf

Reportagem da Folha de S.Paulo informou que a proposta do BC trazia regras menos rígidas para controle de transações feitas por parentes de políticos

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 14h42.

Última atualização em 24 de janeiro de 2019 às 14h51.

São Paulo - O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, reiterou nesta quinta-feira, 24, que a consulta pública do Banco Central (BC) sobre mudanças no monitoramento de transações bancárias ainda não é uma medida efetiva.

Moro reforçou que ainda é preciso entender por que a autoridade monetária fez a proposta.

"Até onde eu sei, é apenas uma consulta pública e não uma medida efetiva. Ainda é cedo para ter uma opinião sobre essa proposição", disse o ministro, que participou de um painel sobre combate ao crime globalizado no Fórum Econômico de Davos. "Talvez não estejam propondo a coisa certa, mas têm boa intenção", acrescentou.

Proposta da gestão Ilan

Moro ressaltou ainda que a consulta foi feita pela gestão que está deixando o comando do BC e não a que vai assumir junto com o novo governo.

No painel, que tratou de formas de combater o crime organizado transnacional, o ex-juiz da Lava Jato propôs que a cooperação entre países seja fortalecida através de forças-tarefa com integrantes dos países interessados e que a iniciativa privada tenha permissão para colaborar mais diretamente com as investigações, sem necessariamente depender das vias diplomáticos.

"Se uma instituição tem o compromisso com a cooperação e em não se tornar um paraíso para negócios escusos, deveria poder fazê-lo. Isso é bom não apenas para a cooperação internacional, mas para os bancos e para o povo", afirmou.

"Temos muitos acordos bilaterais de cooperação. Às vezes eles não funcionam mal por culpa dos pedidos enviados, mas às vezes é falta de boa vontade", reclamou.

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