Economia

Montadoras alemãs seriam as mais afetadas por tarifas da China, diz estudo

Com prejuízo por conta das novas tarifas, as montadoras alemãs podem passar a produzir carros em países asiáticos

Tarifas: os veículos vendidos na China poderiam aumentar em até 20% (Germano Lüders/Reuters)

Tarifas: os veículos vendidos na China poderiam aumentar em até 20% (Germano Lüders/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de abril de 2018 às 14h36.

Fabricantes alemãs com grandes operações nos Estados Unidos, como BMW e a Daimler, montadora da Mercedes-Benz, seriam mais afetadas pelas tarifas comerciais propostas pela China que as companhias americanas, de acordo com um estudo da empresa de gestão de ativos AllianceBernstein (AB).

"As alemãs devem perder mais, em termos absolutos, se as tarifas forem aplicadas", explica o relatório.

A empresa de informações empresariais IHS estimou que a BMW exportará 89 mil veículos dos Estados Unidos para a China neste ano, enquanto a Mercedes enviaria 65 mil unidades. Isso torna as duas as maiores exportadoras dos Estados Unidos para a China.

Cerca de 280 mil carros fabricados nos Estados Unidos foram importados pela China no ano passado - atrás do maior importador, Japão, e à frente da Alemanha.

Mas, excluindo a pioneira dos carros elétricos Tesla, as outras fabricantes baseadas nos Estados Unidos devem exportar menos de 10 mil carro para a China no ano, reduzindo o impacto.

A maior parte dos veículos que BMW e Mercedes enviam à China são os caros SUVs, que poderiam aumentar o preço em até 20%, se Pequim implementar sua ameaça de aumento das tarifas, de acordo com a AB.

Se os dois lados não desistirem das novas tarifas, isso poderia levar os fabricantes alemães a produzirem carros para a China diretamente do país asiático, em vez de enviá-los dos Estados Unidos, sugeriu a AB.

No entanto, "provavelmente é cedo demais para começar a falar sobre mudanças estratégicas" das empresas em resposta à disputa comercial, acrescentaram os analistas.

 

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