Economia

Meirelles não comenta rumores sobre ida para a Fazenda

Durante o evento, os três destacaram o alto nível da dívida pública brasileira que, para Meirelles, é o responsável pelo patamar elevado dos juros no Brasil


	Henrique Meirelles: "seria uma deselegância da minha parte comentar rumores sobre ocupar um cargo que está ocupado"
 (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Henrique Meirelles: "seria uma deselegância da minha parte comentar rumores sobre ocupar um cargo que está ocupado" (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 12h33.

São Paulo - O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles recusou-se a comentar nesta sexta-feira os rumores sobre eventual ida ao Ministério da Fazenda no lugar de Joaquim Levy, dizendo que seria uma "deselegância" falar sobre ocupar um cargo que está ocupado.

Meirelles, que participou em São Paulo de evento ao lado de outros dois ex-presidentes do BC, Armínio Fraga e Gustavo Franco, também não quis comentar o que faria se estivesse no ministério, mas voltou a afirmar que é importante sinalizar o que será feito para garantir o crescimento no longo prazo.

"Seria uma deselegância da minha parte comentar rumores sobre ocupar um cargo que está ocupado", disse Meirelles, acrescentando em seguida: "Não vou comentar o que faria se estivesse lá".

Durante o evento, os três destacaram o alto nível da dívida pública brasileira que, para Meirelles, é o responsável pelo patamar elevado dos juros no Brasil e precisa ser revertido.

Ele destacou ainda que os juros sobem à medida que existe uma maior percepção de risco em relação ao país. Meirelles também defendeu que a infraestrutura brasileira seja objeto de aporte e que haja reforma tributária, com redução da carga dos impostos.

O nome de Meirelles, atualmente presidente do Conselho de Administração da holding J&F, agitou os mercados nesta semana diante dos crescentes rumores de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada para tirar Levy e colocá-lo na Fazenda, a fim de lidar com os problemas econômicos do país.

Com perfil técnico e político, Meirelles agradaria ao mercado financeiro e traria algum alento para os movimentos sociais que sustentam o PT, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

Nesta semana, no auge dos rumores, ele já havia afirmado que não houve convite concreto para assumir o Ministério da Fazenda.

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