Euro: índice de novas encomendas subiu para 51,0, acima da marca de 50 que divide crescimento de contração (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 09h21.
Londres - As empresas da zona do euro tiveram seu melhor mês em mais de dois anos em agosto, com as encomendas aumentando pela primeira vez desde meados de 2011, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), sugerindo que a economia da região crescerá ligeiramente neste trimestre.
O PMI Composto da zona do euro apurado pelo Markit subiu para 51,5 no mês passado ante 50,5 em julho. Foi a leitura mais alta desde junho de 2011, embora ligeiramente abaixo da preliminar de 51,7.
O índice de novas encomendas subiu para 51,0, acima da marca de 50 que divide crescimento de contração pela primeira vez desde julho de 2011, o que será comemorado por autoridades do Banco Central Europeu (BCE) que se reúnem nesta semana.
"A recuperação da zona do euro está parecendo cada vez mais generalizada, com mais setores e mais países saindo da recessão", disse Chris Williamson, economista-chefe do Markit.
"Embora o cenário esteja melhorando, a pesquisa ainda é consistente com um crescimento econômico apenas muito modesto", completou ele.
De fato, ainda há grandes diferenças entre as duas economias mais importantes da Europa. O PMI composto para a Alemanha saltou para uma máxima de sete meses de 53,5, mas o da França caiu de 49,1 para 48,8.
Williamson disse que o PMI composto da zona do euro, compilado a partir de pesquisa junto a milhares de empresas no bloco de 17 países e considerado uma boa medida de crescimento, sugere que a economia da zona do euro vai expandir 0,2 por cento no trimestre atual.
O PMI sobre o setor de serviços se recuperou para 50,7 ante 49,8 em julho, na primeira vez em que fica acima da marca de 50 desde o início de 2012. O otimismo das empresas sobre o futuro também atingiu máxima de 17 meses.
Mas as empresas não estavam confiantes o suficiente para começar a contratar de novo. Elas reduziram o número de funcionários pelo vigésimo mês seguido, e a um ritmo mais rápido do que em julho.