Economia

Para economista, não há efeitos da Copa sobre a inflação

Rio de Janeiro - O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, disse que não há efeitos da Copa sobre a inflação, que está em queda no momento. "Se ocorreu algum, foi pífio." Ele explicou que não houve sequer registro de aumento de preço de aparelhos de televisão. "Então, […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas, disse que não há efeitos da Copa sobre a inflação, que está em queda no momento. "Se ocorreu algum, foi pífio."

Ele explicou que não houve sequer registro de aumento de preço de aparelhos de televisão. "Então, eu acho que o efeito da Copa não foi significativo a ponto de ter repercussão na inflação no país."

Apesar de não ter elementos para medir o movimento registrado pelo comércio com a Copa do Mundo, André Braz afirmou que o volume de vendas está muito associado a acessórios típicos do período, como a camisa da seleção, bebida alcoólica, refrigerantes e pipoca. "Essas coisas mais comuns [da época da Copa] devem ter sofrido um aquecimento". O mesmo ocorreu em relação aos televisores.

O economista observou, porém, que isso não afetou o preço desses itens. "Mesmo que a camisa tenha ficado mais cara, ela não é representativa perto das despesas que você tem com vestuário. Esse efeito não foi percebido aqui, no caso dos preços. Não houve alteração significativa nos preços."

Para o consumidor, ele crê que a alteração do horário de funcionamento do comércio nos dias de jogos não trouxe prejuízos, porque ele pode comprar antecipadamente ou após as partidas.

"Ainda que o comércio estivesse aberto, não haveria clientes para entrar na loja, porque todo mundo vai ver o jogo. Então, quem tem interesse de comprar, ou compra antes ou depois do jogo. Eu não acredito que isso represente um prejuízo significativo para o comércio", afirmou.

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