EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O mês de janeiro terminou com déficit em transações correntes de US$ 3,841 bilhões, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central. Segundo o BC, o déficit do mês passado foi resultante, principalmente, da conta de serviços e rendas, que amargou resultado negativo de US$ 3,952 bilhões. Houve ainda déficit US$ 166 milhões na balança comercial e as transferências unilaterais correntes acumularam ingresso líquido de US$ 278 milhões. Nos doze meses acumulados até janeiro, a conta corrente acumula déficit de US$ 25,412 bilhões, o equivalente a 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimentos
Os investimentos estrangeiros em ações brasileiras registram em janeiro ingresso líquido de US$ 1,261 bilhão, de acordo com dados do Banco Central. Em janeiro de 2009, ao contrário, a conta havia registrado saída líquida de US$ 542 milhões. As ações negociadas no País tiveram saldo positivo de US$ 1,278 bilhão em janeiro, enquanto as negociadas no exterior tiveram saldo negativo de US$ 17 milhões.
Por sua vez, os investimentos estrangeiros em títulos de renda fixa tiveram saldo positivo em janeiro de US$ 2,428 bilhões, ante saldo negativo de US$ 1,801 bilhão de janeiro de 2009. Os títulos negociados no País tiveram saldo positivo de US$ 1,129 bilhão e os negociados no exterior registraram saldo positivo de US$ 1,299 bilhão.
Taxa de rolagem
A taxa de rolagem dos empréstimos externos de médio e longo prazos ficou em 527% em janeiro, segundo o BC. O resultado é muito superior ao observado em janeiro de 2009, quando 50% das operações foram renovadas. A elevada taxa de rolagem do mês passado foi liderada pelas operações em papéis como os bônus corporativos e commercial papers, cuja taxa de renovação ficou em 594%. Nos empréstimos diretos, a rolagem ficou em 427%.
O Banco Central também informou a estimativa da dívida externa total do Brasil, que ficou em US$ 200,879 bilhões. Em dezembro, o valor estava em US$ 202,329 bilhões. Segundo o BC, as maiores parcelas da dívida do mês passado eram as de vencimento em médio e longo prazos, que somavam US$ 173,109 bilhões. A parcela de curto prazo respondia por US$ 27,770 bilhões.