Henrique Meirelles: "Precisamos seguir com as medidas econômicas e a agenda de reformas" (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de agosto de 2017 às 19h16.
Última atualização em 31 de agosto de 2017 às 19h17.
Brasília - No dia em que o governo será obrigado a entregar ao Congresso Nacional um Orçamento "fictício" para 2018, sob uma meta de déficit de R$ 129 bilhões já considerada inalcançável, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, usou sua conta no Twitter para ressaltar dados positivos de emprego divulgados nesta quinta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nenhuma postagem faz menção ao fato de o governo não ter conseguido aprovar ainda a elevação do rombo autorizado para o ano que vem a R$ 159 bilhões.
Segundo o ministro, as informações do IBGE confirmam a queda do desemprego após a maior recessão da história do País.
Meirelles disse que a desaceleração na atividade econômica provocou desde 2014 perda de vagas de trabalho, mas esse movimento está se revertendo.
"O IBGE mostrou hoje que a taxa de desemprego caiu a 12,8% no trimestre até julho. "A melhora no emprego costuma aparecer com alguns meses de defasagem em relação à recuperação da economia, é o que estamos vendo agora", disse Meirelles.
"Entre maio e julho, o número de desempregados caiu 721 mil. Houve criação de vagas em setores como a indústria, comércio e alimentação", acrescentou.
O ministro disse ainda que a desaceleração da inflação também beneficia a renda dos trabalhadores. Ele lembrou que o índice de preços tinha alta acumulada de 8,74% em 12 meses até julho do ano passado, porcentual que caiu a 2,71% em 12 meses até o mês passado.
"Precisamos seguir com as medidas econômicas e a agenda de reformas para que o Brasil possa crescer mais, com mais empregos sendo gerados", disse Meirelles.