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Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2014 às 16h20.
São Paulo - Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, anunciados nesta quarta-feira, 15, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram um mercado de trabalho resistente dentro de um cenário macroeconômico com os demais indicadores ruins.
A avaliação é do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Segundo ele, há uma possibilidade de que o momento mais desfavorável do emprego no país já tenha ficado para trás.
Segundo o MTE, o saldo líquido de empregos formais gerados em setembro foi de 123.785 vagas, sem ajuste sazonal.
"O número é mais um sinal de que o mercado de trabalho tem uma resistência bastante grande, tendo em vista a piora de outros indicadores", afirmou o economista-chefe do Banco Fator.
"Também é possível que ele já tenha passado pelo pior momento. É mais um mês em que a atividade vai mal, a expectativa vai mal, mas o mercado de trabalho vai bem, dando sinais de persistência", opinou.
Gonçalves estava exatamente no piso do levantamento do AE Projeções.
Questionado sobre o que gerou a surpresa com o número do Caged, ele respondeu que o setor de comércio foi o responsável pela maior distorção entre sua expectativa e o resultado efetivo.
"O comércio já havia ido bem no mês anterior e continuou indo bem", comentou, referindo-se ao setor que gerou 36.409 vagas no Caged de setembro.
Em agosto, o comércio havia criado 40.619 postos, conforme os dados originais do Ministério do Trabalho e Emprego.