Junk Food Wars – Parte 1: Este ano não vai ter ovo de páscoa
Um aviso a quem possa interessar: Eu estou oficialmente em guerra com o mundo da “baixa gastronomia”. Não por preocupações com a saúde e a forma física (não que não seja importante), mas sim porque é mais uma frente onde o consumidor brasileiro está (que novidade…) sujeito a abusos e explorações. Já temos os juros ao consumidor mais altos do mundo, os impostos, os carros, os smatphones, os tablets… Já […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2014 às 11h44.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 08h33.
Um aviso a quem possa interessar: Eu estou oficialmente em guerra com o mundo da “baixa gastronomia”. Não por preocupações com a saúde e a forma física (não que não seja importante), mas sim porque é mais uma frente onde o consumidor brasileiro está (que novidade…) sujeito a abusos e explorações.
Já temos os juros ao consumidor mais altos do mundo, os impostos, os carros, os smatphones, os tablets … Já que aparentemente o consumidor brasileiro não se importa em pagar pelas coisas muito mais do que elas realmente valem, por que o mundo das guloseimas e da alimentação pouco saudável iria ficar de fora dessa festa?
Mas este ano tem uma coisa curiosa acontecendo. Talvez pelo clima geral meio sombrio da nossa economia, a imprensa e a mídia especializada estão falando bastante sobre um assunto que todos já sabíamos (ou pelo menos desconfiávamos), mas não dávamos a devida importância: Ovo de páscoa não compensa.
Vários veículos de mídia, de variados portes, vêm “cornetando” os ovos de páscoa, mas um deles particularmente me chamou a atenção: No mês passado, um dos maiores jornais do Brasil publicou uma interessante reportagem, falando que a participação dos ovos de chocolate no “mix” de varejo alimentar vem caindo ano a ano, sugerindo que não só os consumidores estão menos propensos a comprar ovos de chocolate, mas os varejistas também estão dando menos espaço a eles. Tudo bem, ovos podem vender muito, mas existem questões logísticas relativamente complexas envolvidas e o sempre presente risco de encalhe.
Cada vez mais, o consumidor vai dando preferência a opções mais baratas, como caixas de bombons e chocolates convencionais. Segundo a mencionada reportagem, eles já respondem por 40% das vendas no período e a tendência é de alta.
De fato, do ponto de vista estritamente financeiro, nada justifica a compra de um ovo de páscoa. Sim, eles são bonitos, tradicionais e as crianças adoram, mas temos que analisar friamente se isso compensa o “prêmio” que pagamos (estou sendo gentil – seria mais adequado dizer que o consumidor está sendo, como sempre, esfolado).
Um ovo simples pode, facilmente, custar algumas vezes mais que uma caixa de bombons (às vezes, da mesma marca do fabricante do ovo) e uma barra de chocolate de peso equivalente. Não sei quanto a vocês, mas eu não vou comprar ovo de chocolate este ano (e talvez em nenhum outro ano). Melhor comprar caixas de bombons ou, quem sabe, fazer o próprio ovo em casa. O que não faltam são vídeos e tutoriais na internet ensinando como fazer.
Ainda não cheguei nesse ponto, mas um dia desses vou arriscar… E fiquem tranquilos, eu prometo não usar este espaço para vender ovos de páscoa!
(Aguardem a segunda parte)
Um aviso a quem possa interessar: Eu estou oficialmente em guerra com o mundo da “baixa gastronomia”. Não por preocupações com a saúde e a forma física (não que não seja importante), mas sim porque é mais uma frente onde o consumidor brasileiro está (que novidade…) sujeito a abusos e explorações.
Já temos os juros ao consumidor mais altos do mundo, os impostos, os carros, os smatphones, os tablets … Já que aparentemente o consumidor brasileiro não se importa em pagar pelas coisas muito mais do que elas realmente valem, por que o mundo das guloseimas e da alimentação pouco saudável iria ficar de fora dessa festa?
Mas este ano tem uma coisa curiosa acontecendo. Talvez pelo clima geral meio sombrio da nossa economia, a imprensa e a mídia especializada estão falando bastante sobre um assunto que todos já sabíamos (ou pelo menos desconfiávamos), mas não dávamos a devida importância: Ovo de páscoa não compensa.
Vários veículos de mídia, de variados portes, vêm “cornetando” os ovos de páscoa, mas um deles particularmente me chamou a atenção: No mês passado, um dos maiores jornais do Brasil publicou uma interessante reportagem, falando que a participação dos ovos de chocolate no “mix” de varejo alimentar vem caindo ano a ano, sugerindo que não só os consumidores estão menos propensos a comprar ovos de chocolate, mas os varejistas também estão dando menos espaço a eles. Tudo bem, ovos podem vender muito, mas existem questões logísticas relativamente complexas envolvidas e o sempre presente risco de encalhe.
Cada vez mais, o consumidor vai dando preferência a opções mais baratas, como caixas de bombons e chocolates convencionais. Segundo a mencionada reportagem, eles já respondem por 40% das vendas no período e a tendência é de alta.
De fato, do ponto de vista estritamente financeiro, nada justifica a compra de um ovo de páscoa. Sim, eles são bonitos, tradicionais e as crianças adoram, mas temos que analisar friamente se isso compensa o “prêmio” que pagamos (estou sendo gentil – seria mais adequado dizer que o consumidor está sendo, como sempre, esfolado).
Um ovo simples pode, facilmente, custar algumas vezes mais que uma caixa de bombons (às vezes, da mesma marca do fabricante do ovo) e uma barra de chocolate de peso equivalente. Não sei quanto a vocês, mas eu não vou comprar ovo de chocolate este ano (e talvez em nenhum outro ano). Melhor comprar caixas de bombons ou, quem sabe, fazer o próprio ovo em casa. O que não faltam são vídeos e tutoriais na internet ensinando como fazer.
Ainda não cheguei nesse ponto, mas um dia desses vou arriscar… E fiquem tranquilos, eu prometo não usar este espaço para vender ovos de páscoa!
(Aguardem a segunda parte)