“A concorrência é saudável”
Em entrevista à revista ÉPOCA desta semana, o engenheiro João Carlos de Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), classifica como “preocupante” a transformação da Petrobras em único operador do pré-sal: (…) ÉPOCA – Qual é sua visão sobre o novo modelo de exploração proposto? De Luca – A ideia de transformar a Petrobras em operador único do pré-sal é preocupante. Do jeito como está, a […] Leia mais
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2009 às 12h43.
Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 13h21.
Em entrevista à revista ÉPOCA desta semana, o engenheiro João Carlos de Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), classifica como “preocupante” a transformação da Petrobras em único operador do pré-sal:
(…)
ÉPOCA – Qual é sua visão sobre o novo modelo de exploração proposto?
De Luca – A ideia de transformar a Petrobras em operador único do pré-sal é preocupante. Do jeito como está, a proposta tira a possibilidade de haver participação maior das empresas privadas, nacionais e estrangeiras, na exploração do pré-sal. Elas poderiam não apenas trazer capital, mas também tecnologia, ainda que a Petrobras seja reconhecidamente uma das empresas mais avançadas do mundo na exploração de petróleo em águas profundas. Não é bom nem para a Petrobras ser o único operador do pré-sal. Até para ela é saudável haver competição. Esse negócio é tão grande que a Petrobras vai se fortalecer mesmo que haja uma participação maior da iniciativa privada.
ÉPOCA – O que pode acontecer se o Congresso aprovar a transformação da Petrobras em operador único?
De Luca – Com um comprador único, cria-se um mercado cativo para os fornecedores. Isso tende a levar à acomodação. A reserva de mercado não estimula a busca da eficiência e a redução de custos. Afeta negativamente a competitividade das empresas brasileiras. Se a Petrobras impuser uma penalização por dois ou três anos a determinada empresa, ela não terá mais para quem vender e estará fora do mercado.
(…)
Leia a entrevista na íntegra na Època desta semana.
Em entrevista à revista ÉPOCA desta semana, o engenheiro João Carlos de Luca, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), classifica como “preocupante” a transformação da Petrobras em único operador do pré-sal:
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ÉPOCA – Qual é sua visão sobre o novo modelo de exploração proposto?
De Luca – A ideia de transformar a Petrobras em operador único do pré-sal é preocupante. Do jeito como está, a proposta tira a possibilidade de haver participação maior das empresas privadas, nacionais e estrangeiras, na exploração do pré-sal. Elas poderiam não apenas trazer capital, mas também tecnologia, ainda que a Petrobras seja reconhecidamente uma das empresas mais avançadas do mundo na exploração de petróleo em águas profundas. Não é bom nem para a Petrobras ser o único operador do pré-sal. Até para ela é saudável haver competição. Esse negócio é tão grande que a Petrobras vai se fortalecer mesmo que haja uma participação maior da iniciativa privada.
ÉPOCA – O que pode acontecer se o Congresso aprovar a transformação da Petrobras em operador único?
De Luca – Com um comprador único, cria-se um mercado cativo para os fornecedores. Isso tende a levar à acomodação. A reserva de mercado não estimula a busca da eficiência e a redução de custos. Afeta negativamente a competitividade das empresas brasileiras. Se a Petrobras impuser uma penalização por dois ou três anos a determinada empresa, ela não terá mais para quem vender e estará fora do mercado.
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Leia a entrevista na íntegra na Època desta semana.