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Mercado por elas: O Papel do Setor Imobiliário na recuperação do centro de SP

O mercado imobiliário desempenha um papel fundamental na recuperação do centro e seu entorno

Centro de SP: ausência histórica de concursos públicos de qualidade arquitetônica na área central de São Paulo reflete um cenário de intervenções urbanas muitas vezes carentes de planejamento integrado ao desenho urbano (Germano Lüders/Exame)
Elisa Rosenthal

Idealizadora e diretora-presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário

Publicado em 24 de abril de 2024 às 07h19.

O lançamento de um c oncurso nacional para escolher o projeto arquitetônico da nova sede do governo paulista no centro de São Paulo representa um marco importante na busca pela revitalização urbana dessa região histórica e relevante, mas que enfrentou décadas de desafios socioeconômicos e degradação urbana.

A iniciativa, coordenada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), promete não apenas transformar o panorama arquitetônico da área, mas também catalisar uma série de benefícios sociais e econômicos.

Elisabete França, secretária municipal de urbanismo e licenciamento e professora da FAAP, falou ao "Mercado por Elas" sobre o assunto e destaca a oportunidade de revitalização dessa região, tão estratégica para a cidade: "É uma transformação de grande impacto, porém necessária para a requalificação dessa região e, não menos importante, o governo do estado integrará a implantação com um programa habitacional para atender as famílias que ali vivem e também as que chegarão para seus novos locais de trabalho", comenta a secretária.

A ausência histórica de concursos públicos de qualidade arquitetônica na área central de São Paulo reflete um cenário de intervenções urbanas muitas vezes carentes de planejamento integrado ao desenho urbano . Com o novo concurso, a expectativa é que projetos inovadores e pensados para o bem-estar urbano sejam desenvolvidos. Essa abordagem pode não só elevar a qualidade estética da região, mas também incentivar um diálogo mais amplo sobre o valor da arquitetura e do urbanismo na vida das pessoas.

Recuperação do Centro e Mercado Imobiliário

Na visão de Bete França, como é conhecida, a mudança proposta, com a transferência dos órgãos públicos estaduais para o centro, é um passo significativo rumo à recuperação urbana.

"Os estudos elaborados para a transição são bem detalhados e os recursos previstos para sua implantação virão de uma parceria público-privada do governo do estado, com a participação da prefeitura de São Paulo. Com certeza, são recursos de grande monta, mas de retorno considerável, porque são previstas 22 mil transferências de servidores para o novo complexo, o que significa redução nos aluguéis dos imóveis ocupados", destaca Bete.

Ao ser questionada sobre o papel de empresas e profissionais do setor imobiliário na recuperação do centro, Bete França traz exemplos de quem está à frente das mudanças:

"É possível observar um crescimento dos investimentos imobiliários na região central, em especial os que trabalham com o MCMV Faixa 2. A Magik Bem Viver, do André Czitrom, é responsável por mais de duas dezenas de novos prédios na Bela Vista, Vila Buarque e Campos Elísios, sempre apostando na qualidade do projeto. E, na área do retrofit, destaco a Somauma, de atuação recente mas que chega com muita garra: o edifício Virgínia já em obras e o recente Edifício Misericórdia são exemplos marcantes para a transformação do centro."

O mercado imobiliário desempenha um papel fundamental na recuperação do centro e seu entorno. A demanda por moradia próxima a serviços, transporte público e lazer tem impulsionado o interesse por áreas urbanas centrais. Empresas do setor têm respondido a essa demanda, adaptando-se às novas tendências de moradia e investindo em empreendimentos de qualidade. Esse movimento não só atrai novos residentes para o centro, mas também valoriza o patrimônio histórico e estimula o desenvolvimento econômico local.

Na visão desta especialista da cidade de São Paulo, é preciso adaptar-se ao perfil da demanda, onde "as formas de morar vão mudando ao longo dos tempos e na cidade contemporânea, mas jovens e famílias pequenas estão interessadas em viver próximo ao transporte público, aos centros culturais e toda sorte de benefícios que a cidade oferece. Isso é possível na região central e é o que tem atraído mais moradores. Consequentemente, essa nova cultura tem que mover o mercado imobiliário para a região central e parte desse mercado já vem trabalhando nessa direção".

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O lançamento de um c oncurso nacional para escolher o projeto arquitetônico da nova sede do governo paulista no centro de São Paulo representa um marco importante na busca pela revitalização urbana dessa região histórica e relevante, mas que enfrentou décadas de desafios socioeconômicos e degradação urbana.

A iniciativa, coordenada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), promete não apenas transformar o panorama arquitetônico da área, mas também catalisar uma série de benefícios sociais e econômicos.

Elisabete França, secretária municipal de urbanismo e licenciamento e professora da FAAP, falou ao "Mercado por Elas" sobre o assunto e destaca a oportunidade de revitalização dessa região, tão estratégica para a cidade: "É uma transformação de grande impacto, porém necessária para a requalificação dessa região e, não menos importante, o governo do estado integrará a implantação com um programa habitacional para atender as famílias que ali vivem e também as que chegarão para seus novos locais de trabalho", comenta a secretária.

A ausência histórica de concursos públicos de qualidade arquitetônica na área central de São Paulo reflete um cenário de intervenções urbanas muitas vezes carentes de planejamento integrado ao desenho urbano . Com o novo concurso, a expectativa é que projetos inovadores e pensados para o bem-estar urbano sejam desenvolvidos. Essa abordagem pode não só elevar a qualidade estética da região, mas também incentivar um diálogo mais amplo sobre o valor da arquitetura e do urbanismo na vida das pessoas.

Recuperação do Centro e Mercado Imobiliário

Na visão de Bete França, como é conhecida, a mudança proposta, com a transferência dos órgãos públicos estaduais para o centro, é um passo significativo rumo à recuperação urbana.

"Os estudos elaborados para a transição são bem detalhados e os recursos previstos para sua implantação virão de uma parceria público-privada do governo do estado, com a participação da prefeitura de São Paulo. Com certeza, são recursos de grande monta, mas de retorno considerável, porque são previstas 22 mil transferências de servidores para o novo complexo, o que significa redução nos aluguéis dos imóveis ocupados", destaca Bete.

Ao ser questionada sobre o papel de empresas e profissionais do setor imobiliário na recuperação do centro, Bete França traz exemplos de quem está à frente das mudanças:

"É possível observar um crescimento dos investimentos imobiliários na região central, em especial os que trabalham com o MCMV Faixa 2. A Magik Bem Viver, do André Czitrom, é responsável por mais de duas dezenas de novos prédios na Bela Vista, Vila Buarque e Campos Elísios, sempre apostando na qualidade do projeto. E, na área do retrofit, destaco a Somauma, de atuação recente mas que chega com muita garra: o edifício Virgínia já em obras e o recente Edifício Misericórdia são exemplos marcantes para a transformação do centro."

O mercado imobiliário desempenha um papel fundamental na recuperação do centro e seu entorno. A demanda por moradia próxima a serviços, transporte público e lazer tem impulsionado o interesse por áreas urbanas centrais. Empresas do setor têm respondido a essa demanda, adaptando-se às novas tendências de moradia e investindo em empreendimentos de qualidade. Esse movimento não só atrai novos residentes para o centro, mas também valoriza o patrimônio histórico e estimula o desenvolvimento econômico local.

Na visão desta especialista da cidade de São Paulo, é preciso adaptar-se ao perfil da demanda, onde "as formas de morar vão mudando ao longo dos tempos e na cidade contemporânea, mas jovens e famílias pequenas estão interessadas em viver próximo ao transporte público, aos centros culturais e toda sorte de benefícios que a cidade oferece. Isso é possível na região central e é o que tem atraído mais moradores. Consequentemente, essa nova cultura tem que mover o mercado imobiliário para a região central e parte desse mercado já vem trabalhando nessa direção".

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