Mercado por elas: o papel das urbanistas na construção de cidades mais inclusivas
A sociedade e as cidades só têm a ganhar com a inclusão plena das mulheres em todas as esferas da construção urbana
Idealizadora e diretora-presidente do Instituto Mulheres do Imobiliário
Publicado em 18 de março de 2024 às 12h02.
As cidades são microcosmos complexos, envolvendo uma diversidade de conhecimentos e práticas. Este caldeirão de saberes, que inclui áreas como infraestrutura, economia, cultura, saúde e assistência social, é fundamental para o desenvolvimento e bem-estar urbano. No entanto, historicamente, algumas dessas áreas têm sido predominantemente dominadas por homens, criando desequilíbrios e limitações, não só na visão e prática do urbanismo, como na sua representatividade.
Valéria Bechara, sócia do escritório Jaime Lerner, destaca que as mulheres têm uma presença significativa nas áreas sociais, como educação, cultura, saúde e assistência social. Entretanto, ainda são minoria em áreas-chave como infraestrutura e economia.
Segundo Bechara, se as mulheres tivessem mais espaço nesses setores, as cidades poderiam se tornar menos hostis e mais amigáveis, mais integradas e seguras. A sociedade e as cidades só têm a ganhar com a inclusão plena das mulheres em todas as esferas da construção urbana.
Ao ser questionada quanto aos desafios enfrentados pelas mulheres na área do urbanismo e como esses desafios podem ser superados para promover uma maior inclusão feminina nesse campo, Bechara enfatiza:
“Minha resposta começa com um substantivo feminino: visibilidade. Os desafios para a inclusão feminina em todas as áreas do saber e fazer são os mesmos e muitos, mas as mulheres estão lá, no trabalho, nas pesquisas, e invariavelmente no backstage ”.
A inclusão feminina no urbanismo passa por uma maior visibilidade e reconhecimento do trabalho dessas profissionais, promoção da igualdade de gênero no setor, eliminação de barreiras e a criação de oportunidades iguais para todos.
Valéria menciona duas figuras femininas notáveis que tiveram um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas através de seus projetos urbanos: Jane Jacobs e Françoise Choay. Jacobs, uma jornalista, urbanista e ativista social, defendia cidades compactas, multifuncionais e dinâmicas, revolucionou o urbanismo com a publicação do livro “Morte e Vida de Grandes Cidades” (1961).
Choay, filósofa e historiadora francesa, é uma referência essencial em estudos sobre urbanismo, arquitetura e patrimônio. Ambas demonstram a importância do protagonismo feminino na construção de cidades mais inclusivas e humanas.
A presença e o protagonismo de mais mulheres no urbanismo trazem uma série de benefícios específicos. A visão e experiência femininas podem complementar as abordagens tradicionais e resultar em soluções mais abrangentes e inclusivas. Além disso, a diversidade de perspectivas promovida pela inclusão de mulheres pode levar a uma maior inovação e criatividade na resolução de problemas urbanos.
De acordo com os resultados do Censo 2022, o Brasil possui mais mulheres do que homens em sua população. Em 2022, 48,5% dos brasileiros eram homens e 51,5% eram mulheres. Isso significa que existem 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens no nosso país.
Neste cenário, o protagonismo das mulheres no urbanismo é ainda mais essencial para a construção de cidades mais inclusivas, seguras e sustentáveis. Promover a igualdade de gênero no setor, além de ser uma questão de equidade, é uma necessidade de qualidade de vida urbana para todos.
As cidades são microcosmos complexos, envolvendo uma diversidade de conhecimentos e práticas. Este caldeirão de saberes, que inclui áreas como infraestrutura, economia, cultura, saúde e assistência social, é fundamental para o desenvolvimento e bem-estar urbano. No entanto, historicamente, algumas dessas áreas têm sido predominantemente dominadas por homens, criando desequilíbrios e limitações, não só na visão e prática do urbanismo, como na sua representatividade.
Valéria Bechara, sócia do escritório Jaime Lerner, destaca que as mulheres têm uma presença significativa nas áreas sociais, como educação, cultura, saúde e assistência social. Entretanto, ainda são minoria em áreas-chave como infraestrutura e economia.
Segundo Bechara, se as mulheres tivessem mais espaço nesses setores, as cidades poderiam se tornar menos hostis e mais amigáveis, mais integradas e seguras. A sociedade e as cidades só têm a ganhar com a inclusão plena das mulheres em todas as esferas da construção urbana.
Ao ser questionada quanto aos desafios enfrentados pelas mulheres na área do urbanismo e como esses desafios podem ser superados para promover uma maior inclusão feminina nesse campo, Bechara enfatiza:
“Minha resposta começa com um substantivo feminino: visibilidade. Os desafios para a inclusão feminina em todas as áreas do saber e fazer são os mesmos e muitos, mas as mulheres estão lá, no trabalho, nas pesquisas, e invariavelmente no backstage ”.
A inclusão feminina no urbanismo passa por uma maior visibilidade e reconhecimento do trabalho dessas profissionais, promoção da igualdade de gênero no setor, eliminação de barreiras e a criação de oportunidades iguais para todos.
Valéria menciona duas figuras femininas notáveis que tiveram um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas através de seus projetos urbanos: Jane Jacobs e Françoise Choay. Jacobs, uma jornalista, urbanista e ativista social, defendia cidades compactas, multifuncionais e dinâmicas, revolucionou o urbanismo com a publicação do livro “Morte e Vida de Grandes Cidades” (1961).
Choay, filósofa e historiadora francesa, é uma referência essencial em estudos sobre urbanismo, arquitetura e patrimônio. Ambas demonstram a importância do protagonismo feminino na construção de cidades mais inclusivas e humanas.
A presença e o protagonismo de mais mulheres no urbanismo trazem uma série de benefícios específicos. A visão e experiência femininas podem complementar as abordagens tradicionais e resultar em soluções mais abrangentes e inclusivas. Além disso, a diversidade de perspectivas promovida pela inclusão de mulheres pode levar a uma maior inovação e criatividade na resolução de problemas urbanos.
De acordo com os resultados do Censo 2022, o Brasil possui mais mulheres do que homens em sua população. Em 2022, 48,5% dos brasileiros eram homens e 51,5% eram mulheres. Isso significa que existem 6,0 milhões de mulheres a mais do que homens no nosso país.
Neste cenário, o protagonismo das mulheres no urbanismo é ainda mais essencial para a construção de cidades mais inclusivas, seguras e sustentáveis. Promover a igualdade de gênero no setor, além de ser uma questão de equidade, é uma necessidade de qualidade de vida urbana para todos.