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Falta de dinheiro afeta performance sexual

Pressão sobre o provedor inibe a libido, isso é efeito do estresse.

(Pixabay/Reprodução)
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profmaurocalil

Publicado em 13 de fevereiro de 2019 às 15h09.

Última atualização em 13 de fevereiro de 2019 às 15h18.

Já não é de hoje que vemos pesquisas mostrarem que as mulheres recebem remunerações menores para uma carga de trabalho maior. Infelizmente interpretações ruins ou más, interferem na transparência dos dados da pesquisa e dos números.

Aliás isso é algo normal no Brasil de ideologias políticas polarizadas. Já alertei sobre o fato em outro artigo intitulado " Os números (não) mentem " quando tratei do alardeamento do "baixo" nível de desemprego para a época. De lá para cá, felizmente, outros dados como ocupação informal e desalentados, tem sido mostrados em conjunto com o nível de emprego/desemprego.

Voltando ao tema, quando vemos as razões pelas quais as mulheres trabalham mais e recebem menos temos dois dados fundamentais.

(1) A carga de trabalho maior se dá por conta do trabalho doméstico incluído nesta conta. Cuidar da própria casa ou dos próprios filhos nunca foi, ou será, uma tarefa remunerada. É obrigação, mesmo, de quem vive na casa e de quem colocou os filhos no mundo. Seja mulher ou homem. E aqui saliento minha opinião de que a responsabilidade é de AMBOS em pesos iguais.

Tenho que dizer que eu mesmo sempre gostei muito de cuidar das crianças. Trocar fraldas, fazer e dar comida, levar e trazer da escola, cuidar das suas roupas, etc.  eram tarefas comuns para mim enquanto meus filhos moraram comigo, e nunca recebi  um centavo por isso. Mas, também reconheço que pareço uma exceção fora do meu círculo de amigos, que fazem o mesmo e ainda lavam a louça e dividem tarefas do lar assim como eu faço e sempre farei.

(2) Segundo a Agencia de Notícias do  IBGE, mulheres estudam mais, mas também retardam seu ingresso no mercado de trabalho. E ainda parece haver uma pressão social, que inclui a opinião de imensa parcela feminina, para que o homem se mostre provedor. E ao adentrar no mercado de trabalho, as mulheres se inserem menos nas carreiras mais bem remuneradas. Segundo a UNESCO mulheres são menos de 30% dos profissionais que atuam com STEM , que é o acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Daí iniciativas como Ser Mulher em Tech mostram às jovens mulheres, o quão bom, e nada assustador, é o mundo da tecnologia para suas carreiras e independência financeira. Diga-se que o Ser Mulher em Tech é liderado por Cecília Marshal, Diretora de Marketing de Influencer para a América Latina da #SAP, que também tem uma mulher como CEO no Brasil, Cristina Palmaka.

Apesar de muitas mulheres serem as chefes de família no Brasil, é fato que, socialmente falando, recebem menor pressão para serem provedoras. A sociedade machista determina maior da responsabilidade financeira sobre os homens. E a despeito das conquistas femininas, os exemplos deste preconceito estão por toda a parte: homem sem carro é pobre, homem que mora com os pais é fracassado, homens devem pagar a conta do jantar ou do motel, ... , dados mostram que mais de 80% das pensões alimentícias aos filhos são pagas por homens, etc.

Assim, o empoderamento masculino, também passa por sua identificação como provedor. E quando isso é afetado, é natural que ele se sinta "menos homem". Uma natural consequência psicológica, fruto de uma programação mental da nossa cultura machista.

Este sentimento e a cabeça cheia de problemas e frustrações financeiras não é fácil para o homem, e isso terá consequência em todos aspectos da masculinidade, inclusive sua libido.

Eu mesmo já atendi executivos que, após meses de demissão, ainda não haviam comunicado suas famílias. Imagine o estrago orçamentário que isso causou. Sobre seus desempenhos com a companheiras? Bem isso não seria tema de uma consulta comigo.

Mauro Calil é fundador da Academia do Dinheiro

 

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Já não é de hoje que vemos pesquisas mostrarem que as mulheres recebem remunerações menores para uma carga de trabalho maior. Infelizmente interpretações ruins ou más, interferem na transparência dos dados da pesquisa e dos números.

Aliás isso é algo normal no Brasil de ideologias políticas polarizadas. Já alertei sobre o fato em outro artigo intitulado " Os números (não) mentem " quando tratei do alardeamento do "baixo" nível de desemprego para a época. De lá para cá, felizmente, outros dados como ocupação informal e desalentados, tem sido mostrados em conjunto com o nível de emprego/desemprego.

Voltando ao tema, quando vemos as razões pelas quais as mulheres trabalham mais e recebem menos temos dois dados fundamentais.

(1) A carga de trabalho maior se dá por conta do trabalho doméstico incluído nesta conta. Cuidar da própria casa ou dos próprios filhos nunca foi, ou será, uma tarefa remunerada. É obrigação, mesmo, de quem vive na casa e de quem colocou os filhos no mundo. Seja mulher ou homem. E aqui saliento minha opinião de que a responsabilidade é de AMBOS em pesos iguais.

Tenho que dizer que eu mesmo sempre gostei muito de cuidar das crianças. Trocar fraldas, fazer e dar comida, levar e trazer da escola, cuidar das suas roupas, etc.  eram tarefas comuns para mim enquanto meus filhos moraram comigo, e nunca recebi  um centavo por isso. Mas, também reconheço que pareço uma exceção fora do meu círculo de amigos, que fazem o mesmo e ainda lavam a louça e dividem tarefas do lar assim como eu faço e sempre farei.

(2) Segundo a Agencia de Notícias do  IBGE, mulheres estudam mais, mas também retardam seu ingresso no mercado de trabalho. E ainda parece haver uma pressão social, que inclui a opinião de imensa parcela feminina, para que o homem se mostre provedor. E ao adentrar no mercado de trabalho, as mulheres se inserem menos nas carreiras mais bem remuneradas. Segundo a UNESCO mulheres são menos de 30% dos profissionais que atuam com STEM , que é o acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.

Daí iniciativas como Ser Mulher em Tech mostram às jovens mulheres, o quão bom, e nada assustador, é o mundo da tecnologia para suas carreiras e independência financeira. Diga-se que o Ser Mulher em Tech é liderado por Cecília Marshal, Diretora de Marketing de Influencer para a América Latina da #SAP, que também tem uma mulher como CEO no Brasil, Cristina Palmaka.

Apesar de muitas mulheres serem as chefes de família no Brasil, é fato que, socialmente falando, recebem menor pressão para serem provedoras. A sociedade machista determina maior da responsabilidade financeira sobre os homens. E a despeito das conquistas femininas, os exemplos deste preconceito estão por toda a parte: homem sem carro é pobre, homem que mora com os pais é fracassado, homens devem pagar a conta do jantar ou do motel, ... , dados mostram que mais de 80% das pensões alimentícias aos filhos são pagas por homens, etc.

Assim, o empoderamento masculino, também passa por sua identificação como provedor. E quando isso é afetado, é natural que ele se sinta "menos homem". Uma natural consequência psicológica, fruto de uma programação mental da nossa cultura machista.

Este sentimento e a cabeça cheia de problemas e frustrações financeiras não é fácil para o homem, e isso terá consequência em todos aspectos da masculinidade, inclusive sua libido.

Eu mesmo já atendi executivos que, após meses de demissão, ainda não haviam comunicado suas famílias. Imagine o estrago orçamentário que isso causou. Sobre seus desempenhos com a companheiras? Bem isso não seria tema de uma consulta comigo.

Mauro Calil é fundador da Academia do Dinheiro

 

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