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Propriedade compartilhada: nem os piores vendedores podem destruir o melhor produto

É isso que vinha acontecendo no mercado da multipropriedade

Cezar Haik, Diretor comercial do Kempinski Laje de Pedra
Cezar Haik, Diretor comercial do Kempinski Laje de Pedra

Por Cezar Haik, Diretor comercial do Kempinski Laje de Pedra

Quando o melhor modelo para ter um imóvel de lazer se encontra com o pior modelo de vendas, todo mundo sai perdendo. É isso que vinha acontecendo no mercado da multipropriedade.

Regulamentada no Brasil desde 2018, essa modalidade inovadora permite que várias pessoas compartilhem a propriedade de um mesmo imóvel, por meio da compra de cotas de utilização. Esse é um sistema customizado e flexível: no momento da aquisição, o proprietário define quantas semanas por ano vai utilizar a casa ou apartamento - e paga unicamente o valor correspondente a essa fração de tempo.

Essa é, de longe, a alternativa mais inteligente para quem deseja investir em um segundo ou terceiro imóvel, a chamada casa de férias. Ela evita gastar uma grande quantidade de dinheiro em um imóvel que será utilizado apenas em alguns períodos do ano, que é o que acontece no sistema tradicional.

Em lugar disso, a multipropriedade oferece um leque invejável de vantagens: ter um imóvel de luxo por apenas uma parcela do custo total, flexibilidade para usar esse bem conforme as necessidades pessoais, compartilhamento das despesas de manutenção com os co-proprietários e possibilidade de locação do espaço quando a fração de tempo adquirida não for utilizada.

Nesta era em que, cada vez mais, queremos nos desapegar do que não é essencial e fazer uso racional dos recursos existentes, a multipropriedade imobiliária responde a esses anseios e tem tudo para expandir-se de forma exponencial.

Por que então, no Brasil, esse modelo angariou tantos detratores e ainda gera tanta desconfiança? A resposta, como já referi, está no modelo de comercialização. No pior modelo de comercialização possível.

É bem provável que você, durante a visita a algum destino turístico, já tenha tido contato com essa realidade. É abordado no hotel ou na rua com a oferta de um café da manhã ou de um vinho grátis, resolve aceitar e é levado para dentro de uma sala, onde lhe oferecem uma oportunidade imperdível: a aquisição de uma propriedade compartilhada naquele destino de que você está gostando tanto. O vendedor é altamente treinado e habilidoso, mexe com suas emoções. Você balança. Então ele diz que, fechando o negócio ali, na hora, o valor cai pela metade. Quando você se dá conta, comprou um imóvel.

Essa praga, conhecida no mercado imobiliário como venda de alto impacto, tomou conta do setor da multipropriedade. Como o turista visita o destino por um breve período, os vendedores entendem que só têm essa chance para fazer negócio. “O turista não volta”, dizem. Então recorrem à pressão, às meias-verdades, à manipulação. À venda a qualquer custo.

O resultado disso é que, no setor da propriedade compartilhada, 60% dos contratos acabam sendo desfeitos pelo comprador. Quando cai em si, ele percebe que agiu sob pressão, que comprou algo que não desejava e que o que lhe venderam não corresponde ao prometido. Ele se sente enganado.

As consequências são óbvias. Por causa de um modelo de comercialização condenável, um excelente modelo de propriedade passa a ter milhares de detratores, que espalham a desconfiança pelo mercado.

É uma pena que isso aconteça, mas não podemos confundir as coisas. A forma como um produto é vendido não significa que esse produto não possa ser excelente, perfeito para atender às necessidades de muita gente. O que falta é educar a sociedade a não cair na cilada da venda de alto impacto. Eu tenho me empenhado nisso, porque sou um entusiasta da multipropriedade.

Meu conselho é que você acredite nesse modelo, mas seja cauteloso. Se tiver dúvida ou sentir-se pressionado, recue. Tenha certeza de que a multipropriedade atende aos seus interesses e necessidades. Certifique-se de conhecer os detalhes da operação. Tire a limpo se as promessas mirabolantes que lhe fazem têm amparo no mundo real.

É por isso que, como parte do esforço para mudar a imagem da multipropriedade no Brasil, adotamos uma abordagem totalmente diferente no Kempinski Laje de Pedra. Em vez de pressionar, optamos por esclarecer e por dar tempo para que o possível comprador amadureça suas decisões. Em lugar de fazer pegadinhas, nos esforçamos para passar as informações com total transparência, para que o cliente não tenha qualquer surpresa depois de fechar o negócio. Baseamos nossa política de vendas em relacionamento.

Sabe o que conseguimos com isso? Convertemos em fãs vários antigos haters da multipropriedade. E atingimos uma marca inédita no mercado: zero cancelamentos de contratos. Isso aconteceu porque a propriedade compartilhada é o melhor modelo que existe. É o modelo mais inteligente, o que mais faz sentido. E quando é assim, não tem como dar errado.

Basta contar a verdade.